quinta-feira, 16 de abril de 2020


Vivemos tempos estranhos


Vivemos tempos estranhos. Surgiu um vírus, que, de mansinho, invadiu todos os continentes, atacou todas as classes sociais e matou até mais não poder. Até relembro aquela frase célebre: "É fartar vilanagem".

Há quem diga que a doença se espalhou mais depressa dado ser uma doença de ricos pois eles é que andaram a fazer férias na neve e ir ao estrangeiro no Carnaval. Mas está a atingir todas as classes sociais. Há dois dias perdemos a epidemiologista Maria de Sousa e hoje foi a vez do escritor Luís Sepúlveda. O Paraíso é uma questão pessoal... mas este não é o paraíso mas sim o Inferno.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

As declarações embaraçosas de Duarte Marques


Residindo em Lisboa, sendo alfacinha de gema, gosto muito, mas mesmo muito de Tomar. Devido a este factor não racional, fico muito incomodado quando se diz mal deste concelho. Costumo ler ou tentar ler e consultar sites, rádios locais e imprensa regional. Numas destas consultas, passei, como é hábito, pela Rádio Hertz, onde pude ouvir 22m do que se passou numa das Jornadas de ReTomar 2017 (julgo serem assim o nome das jornadas). Ouvi declarações de três individualidades, a saber: João Tenreiro, Duarte Marques e Jorge Barreto Xavier.
Sendo certo que mantenho relações de cordialidade e de amizade com pessoas ligadas aos vários quadrantes políticos, o que aqui está em causa são afirmações de teor político.
O Dr. João Tenreiro fez considerandos políticos vários, que considero normais, visto ser vereador de Tomar e estar em combate político. Em suma, fez o que lhe competia e tudo o que faça em prol do concelho de Tomar será sempre pouco. Tal premissa estende-se, obviamente, a todos os sectores políticos nabantinos. É por isso, perfeitamente normal que, dentro do trabalho político, tenha conseguido trazer a Tomar o sr. Secretário de Estado da Cultura, mesmo que com a ajuda do sr. deputado Duarte Marques.
A intervenção do sr. Deputado deixou-me… nem sei como dizer, mas a modo que… triste. Ia aplicar o étimo embaraçado, mas deixo-lhe a ele, Dr. Duarte Marques, essa palavra.
Fiquei triste com o uso da palavra embaraço porque o Dr. Duarte Marques foi, como se lê nas entrelinhas, convidado a estar presente na qualidade de deputado. Assim, e nessa qualidade, deve mais respeito aos órgãos autárquicos eleitos livremente. Existem, de certeza outras palavras para se referir à autarca de Tomar “...um embaraço maior será a presidente da câmara actual...”. Se tem críticas a fazer, deve fazê-las da maneira mais adequada e não falar em público desta forma. A propósito, deverei chamar de embaraço a um programa de governo que enquanto governo, parece desviar-se do proposto?
O sr. Deputado refere que Tomar era sinónimo de cultura, que se mostrava e se “espalhava” pelos concelhos vizinhos, de Mação ao Sardoal, de Abrantes a Ferreira do Zêzere. Mas fala no passado, querendo com isso dizer que foi há muitos anos. Recordo-lhe que o actual governo autárquico socialista tomou posse em finais de 2013, mas, entre 1997 e 2013, o governo de Tomar pertenceu ao PSD. Está lembrado?
Mas já que tanto fala de património, onde estava o senhor deputado a defender o alambor (2011), que foi parcialmente destruído? Onde estava o sr. Deputado (na altura não era membro da Assembleia da República) quando pedi a preservação in situ de meia-dúzia de sepulturas (num total de 3400) em frente da Igreja de Santa Maria do Olival? Qual foi a sua posição sobre o chamado forum romano de Tomar que andou em bolandas durante 30 anos? Pois é…
Mas gostei de o ouvir dizer “...que Tomar é uma cidade muito bonita, que tem aquela marca distintiva com charme...”. Fica-lhe bem e é uma realidade. Cá entre nós, olhe que Mação é uma bela terra. E sei do que falo, pois também tenho raízes familiares nesse paraíso. Mas voltemos a Tomar.
Mas, sr. Deputado, “...se não fossem as pessoas que fazem cultura ou que organizam a Festa dos Tabuleiros e outras organizações semelhantes...”, Tomar seria de certeza diferente. Mas mais uma vez lhe relembro que essa pessoas também faziam a Festa dos Tabuleiros desde 1997 (autarquia PSD) e as outras organizações igualmente. Repare na Nabantina, no Canto Firme, no Fatias de Cá, no Rancho de Alviobeira ou no da Peralva. Tantas e tantas associações culturais.Fazem por gosto, por paixão, por emoção, não fazem só porque a câmara era do PSD e agora do PS. E, de certeza, tiveram e têm razões de queixa dos políticos.
Achei muito interessante as afirmações da Charola. Ela, a Charola, como estava (a necessitar de obras), era um embaraço (lamentável nas comparações ao nível de embaraço com a autarca de Tomar) naquele estado. Tem razão. Mas quem o ouve fica a pensar que foi a acção deste governo que, num ímpeto de protecção do património, resolveu restaurá-la. E isso não corresponde à realidade, pois não?
Comecei a escrever em jornais em 1988. E na altura escrevi para chamar à atenção que a abóbada continha pinturas (algo que já tinha sido mencionado no início do séc. XX). Os primeiros andaimes foram montados na Charola em 1988 ou 1989. Alguém de relevo na área da cultura disse que 50.000 contos (250.000€) deveriam chegar para as obras. Quando escrevi mencionei que nem 1 milhão de contos (5 milhões de euros) chegavam para as intervenções que se propunham fazer na Charola e em vários locais do Convento. Eu tinha razão. As obras começaram com avanços e recuos. Muito tempo para as pessoas mas pouco para os técnicos do restauro que devem ir com pinças esperando sempre o inesperado. A Cimpor ofereceu mecenaticamente 1,5 milhões de euros para o restauro que chegou, julgo, em duas grandes fatias e envolta em alguma polémica no que concerne à segunda fase do dinheiro. Por tudo isto, o Presidente da República foi convidado para a inauguração de um restauro que, no tempo, atravessou vários governos da nação e não foi este que fez tudo como se parece depreender das palavras do sr. deputado Duarte Marques.
Tem razão o sr. Deputado quando diz que não basta ter a Charola arranjada. Tem que existir criatividade e estratégia para ligar este monumento aos outros patrimónios desde o mundial ao nacional e aos patrimónios locais. Sim, porque lá em baixo, na cidade também há património e este está rodeado pelas pessoas e que são o património mais belo de todos.




P.S. - Da intervanção do Sr. Secretário de Estado da Cultura falaremos já num próximo escrito.

Post-scriptum - O Paraíso é uma questão pessoal, mas um embaraço deste género não entra no meu paraíso.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Je suis Charlie


                           Je suis Charlie

por Dave Brown

por Francisco Olea


por Tornoe

Este modo de divulgar as ideias, de satirizar o mundo está mais de acordo com os meus princípios. Assim, o Paraíso é uma questão pessoal. Mas é este género de paraíso, na ponta do lápis e nunca o massacre que originou estes desenhos.

Je suis Charlie



                                Je suis Charlie


O Paraíso é uma questão pessoal mas para que tal possa vir a acontecer usamos a sátira e não as armas. 

Je suis Charlie



                             Je suis Charlie




O Paraíso é uma questão pessoal mas ... assim???

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

T de Tomar, Troyes e de Templ'Ánima



T de Tomar, Troyes e de Templ’Anima


Estava eu na Net a consultar as rádios locais quando a Rádio Hertz mostra uma notícia dizendo que uma delegação de Tomar tinha estado em Troyes. Sabia que iriam em finais de Outubro mas a confirmação obtive-a na Hertz. Li a mesma notícia na Rádio Cidade de Tomar, no Mirante, Cidade de Tomar e n’O Templário. A surpresa surgiu-me quando n’O Templário de 13/11/2014 sobre o facto de o PSD pedir explicações sobre a visita da Câmara de Tomar a Troyes. Aliás, a mesma notícia é dada na Rádio Hertz de 15/11/2014. Mas nada como ir à origem. Fui ao site do PSD Tomar (http://umpsdportomar.blogspot.pt/ em linha a 18/11/2014). Era mesmo verdade tudo aquilo que li. Confesso que não apreciei muito do que li. Vamos então escalpelizar o que li neste requerimento partidário não tendo procuração de ninguém no que concerne às palavras que se seguem.
Convém antes de mais dizer que o site do PSD anda bastante actualizado bem como o do PS (http://pstomar.blogspot.pt/ em linha a 18/11/2014). Já fiquei desapontado quando consultei o blog de Hugo Cristóvão que nada refere sobre este evento. A propósito vereador Hugo, parabéns pelos 37 anos. Li no blogue (http://alguresaqui.blogspot.pt/ em linha a 18/11/2014). Se bem que seja um blogue privado, a tentação de ter ido a Troyes poderia ter resultado em algo.
O PSD lamenta o facto de não ter sido informado sobre esta viagem. Eu soube, no geral, que seria em finais de Outubro. Tinha sido contactado por alguém em edilidade em Julho no intuito de saberem o que é que a Templ’Anima tinha feito por terras de Troyes. Nada mais soube e não tinha que saber. No que toca aos vereadores, será obviamente diferente. Se não souberam, eu não consigo nem sei responder a tal situação. Em abono da verdade, eu soube pelo jornal O Templário de 13/11/2014, que a Sra. Presidente da CMTomar convidava para a apresentação do projecto da Sinagoga de Tomar, a acontecer no dia 17 deste mês, seguida de visita ao local e ao novo espólio da Biblioteca Judaica (http://www.redejudiariasportugal.com/index.php/pt/eventos1/item/426-apresentacao-do-projecto-da-sinagoga-de-tomar em linha a 17/11/2014). Esta notícia veio no site acima mencionado, mas no site da edilidade nem uma linha. Não será obviamente segredo, mas tão-só uma distracção que não se deve ter. Mas isto serão, talvez, aspectos da política a que sou alheio.
Agora o corpo do requerimento que menciona que entre as cinco pessoas que foram a Troyes ia um elemento da Templ’Anima. E é aqui que começa provavelmente um desconhecimento do que uma associação sediada em Tomar tem feito.
Diz o requerimento que não sabe se existe algum protocolo entre a edilidade e a Templ’Anima. Na realidade não existe qualquer protocolo. Eu, Ernesto Jana, também não tenho nenhum protocolo com a edilidade e ao longo de anos tenho colaborado no que posso, sendo convidado para dar a minha modesta ajuda ou oferecendo-me eu para tal. Nunca me pagaram nada, conhecido como despesas de representação ou coisas desse género. Esperem, minto. Pagaram-me um almoço, talvez dois ou três cafés, ofereceram-me alguns Boletins Culturais que tinha em falta, bem como o livro Na Terra dos Templários… (cujos exemplares da câmara eram diferentes dos que estavam à venda). Se entenderem como tal como pagamento eu fui pago. Mas como arquivo tudo o que se relaciona com Tomar senti-me amplamente recompensado. O meu protocolo é com Tomar bem como certamente o protocolo dos tomarenses.
Mas neste requerimento não mencionam se a outra associação que esteve presente através do Sr. João Fiandeiro, tem algum protocolo. Não sei se tem mas sei que essa associação tem realizado um trabalho em prol de Tomar e esse cartão-de-visita chega-me. E, a propósito, senhores vereadores do PSD, a associação designada de Grande Priorado de Portugal (http://gpp-osmth.pt/ em linha a 17/11/2014) tem algum protocolo com a Câmara de Tomar? Os senhores vereadores dizem que esta associação tem uma tradição templária, que é igualmente o que se lê na entrada do site. No seu historial os membros do Priorado dizem-se seguidores da fé, servem a paz, ajudam os oprimidos, etc., que são princípios orientadores de qualquer homem de boa vontade. Surgiram em 1804 e fizeram o seu percurso até aos nossos dias. Anunciaram em 2013 que queriam instalar em Tomar a sua sede mundial, pois o Estado ia ceder-lhes parte do Convento para nele instalarem uma biblioteca, um museu de artefactos e um centro para investigadores. Em Outubro de 2012, já tinham estado em Tomar durante o Congresso sobre Turismo Cultural e Religioso, mas mais à frente falaremos disso.
Agora interessa esclarecer o caminho que a Templ’Anima tem percorrido. É certo que é uma pequena associação mas que tem sede em…Tomar (Associação Cultural, homologada pelo DR nº 167, de 30/8/2006, pág. 17054 segundo escritura que consta a fl. 107 do livro de notas para escrituras diversas n.º 61-L do Cartório Notarial de Tomar).
Conheço o Dr. Joaquim Nunes há mais de 20 anos e somos amigos desde então. Conhecimentos ainda de Lisboa. Mal imaginava que nos iríamos cruzar muitas vezes no futuro. Na altura, já ele (e eu) nos interessávamos pela temática dos Templários. Na parte que me toca, devido às ligações familiares, comecei a estudar a Ordem de Cristo e a Ordem do Templo por volta de 1984. Em 2005, Joaquim Nunes começou a falar na criação de uma associação que procurasse estudar a Ordem do Templo, que a divulgasse, tendo em perspectiva a criação de uma rota cultural europeia. A associação “tem por objecto a evocação histórica e a valorização local, promovendo eventos histórico-culturais com regularidade (…), conforme ao espírito do programa cultural europeu, contribuir para melhorar a imagem da marca templária regional ao nível europeu, contribuir para melhorar a imagem da marca templária regional ao nível europeu, apostando na sua singularidade diferenciadora, acrescentando valor e visibilidade à cidade e ao seu castelo templário (…) [os cortes são do signatário]”. O texto da escritura de constituição fala ainda da preocupação do desemprego para se criarem actividades de animação cultural alternativas continuadas, fala na coesão da comunidade local, na inserção social, na criação de merchandising com recurso ao artesanato, etc. Foi com este espírito que criou esta associação (http://www.legislacao.org/segunda-serie/de-diario-da-republica-167-serie-ii-de-quarta-feira-30-de-agosto-de-2006-cultural-cidade-promovendo-europeu-632201 em linha a 18/11/2014). No mesmo ano, João Fiandeiro fez parte da fundação da Associação Portuguesa de Turismo Cultural. Duas entidades nascidas no mesmo ano. Louvável mas parece que são factos desconhecidos para algumas forças políticas do concelho. No que concerne à Templ’Anima, desde logo o Dr. Joaquim Nunes quis mostrar como era o processo de investidura de um cavaleiro templário. Para isso recorreu ao teatro. Houve possibilidades de assistir à representação inúmeras vezes. Não satisfeito, procurou trazer a Tomar a mão de S. Gregório Nazianzeno, o que aconteceu a 13/10/2007, depois de enormes dificuldades, dadas as características da peça e o local onde está exposta. Dezenas de tomarenses podem comprovar o facto, eu inclusive. Mas não vos vi por lá, senhores políticos que requerem esclarecimentos. Mas se desejarem fotos deste evento eu tenho prazer em fornecer as imagens. Conseguiu ainda Joaquim Nunes realizar um almoço na galeria superior da Igreja de Santa Maria dos Olivais, a propósito da morte de Gualdim Pais. Um dos actuais vereadores esteve presente. Conseguiu ainda que fosse colocada nesta igreja uma lápide com o elenco de todos os mestres templários portugueses, sempre na perspectiva do divulgar o conhecimento. Pelo caminho, interessou-se pela gastronomia da época templária que foi divulgando no blogue (http://templanima.blogspot.pt/ em linha a 18/11/2014). E Joaquim Nunes partiu para a etapa seguinte, que foi o inventário dos lugares templários na Europa, através de seis países, pesquisa que depois o levou a seleccionar 10 a 12 locais de maior potencial para criar uma rota cultural templária. Tal projecto foi entregue à edilidade anterior, bem como à extinta Região de Turismo sita na Corredoura. Desenhou de forma preliminar cinco circuitos comentados de norte a sul de Portugal e colocou-os no blogue para livre crítica e usufruto. Em finais de Outubro de 2012, a cidade de Troyes realizou uma exposição e um congresso subordinado ao tema L’Économie templière en Occident – Patrimoines, commerce, finances (que resultou num livro de actas editado em Maio de 2013 pelo Conseil Général de l’Aube e Editions Dominique Guéniot (ISBN 978-2-87825-520-1). O catálogo da exposição é belíssimo e representa bem o interesse de Troyes nesta temática (catálogo com o ISBN 978-2-7572-0529-7), tendo ido buscar textos dos maiores especialistas mundiais da temática. O signatário e o Dr. Joaquim Nunes fomos a este congresso e vimos a exposição. Só houve uma diferença. Eu fui com a viagem e dormida paga e o Dr. Joaquim Nunes pagou tudo do seu bolso. Eu fiquei alojado no Hotel de La Poste (onde estavam todos os congressistas). O Dr. Joaquim optou por ficar no Hotel Les Contes de Champagne. Mais uma despesa a juntar aos 20.000 euros, sim, 20.000 euros, que já gastou do seu bolso e que nunca o disse publicamente. Nunca pediu ajudas a ninguém.
Foram magníficos estes três dias. O que eu aprendi. O que ambos aprendemos. Por exemplo, em Outubro de 2012 já estavam a apresentar as grandes exposições programadas para Troyes e que seriam sobre o vidro (2013), sobre Napoleão (2014) e sobre os 900 anos de Claraval (2015). Isto é trabalhar. Estivemos em Troyes entre 24 e 27 de Outubro. Sobre esta exposição saiu o catálogo acima mencionado (para mais elementos consulte-se www.aube-templier-2012.fr em linha a 18/11/2014). Durante esse tempo promovemos Tomar e o seu património templário. Mas Joaquim Nunes não parava de falar ou tentar chegar à fala com as pessoas certas. E conseguiu a atenção de Philippe Adnot, senador e presidente do Conselho Geral de Aube, dos responsáveis locais de Troyes, do Museu Templário de Payns entre outros. Foi por insistência dele que visitámos a comenda templária de Avalleur no meio de um frio terrível. Saímos de Troyes ao início da tarde de 27, corremos para Orly e ala até Lisboa. Aí tínhamos o nosso carro (particular) à espera e foi uma correria até Tomar para assistir à primeira descida dos Cavaleiros Templários. O dia seguinte 28/10/2012 serviu ainda para estarmos presentes no último dia do Congresso do Turismo Cultural e Religioso demos a conhecer tudo quanto se passou em Troyes. Senhores vereadores requerentes, não estiveram presentes? É pena, pois foi útil. E foi aqui que eu tive contacto com o Grão Priorado de Portugal (www.grp-osmth.org em linha a 18/11/2014). Ouço pela primeira vez a vontade de estabelecerem a sede, um centro de estudos e a biblioteca no convento. Perguntei directamente ao Dr. António Andrade com que direito é que estabelecia aqui uma biblioteca e um centro de estudos, se seria essa a vontade da população. Foi-me amavelmente respondido que tinha tido contactos com a edilidade tomarense bem como com o então IGESPAR que ficaram receptivos à ideia. Como é que o IGESPAR fica receptivo a uma ideia quando na sua mão estão largas dezenas de peças oriundas da União dos Amigos dos Monumentos das Orden de Cristo (UAMOC) pelo menos desde 1968 (ano em que a revista da UAMOC se extinguiu) e nunca fizeram nada? Além do mais este o Grão Priorado de Portugal tem no seu normativo que é uma organização “(…)com mais de 5000 membros no seu activo, cristã ecuménica no sentido mais lato do termo, dado que acolhe membros de todas as religiões cristãs e, concentra a sua actividade em questões relacionadas com o direito humano, liberdade política e religiosa e ajuda humanitária aos menos favorecidos em todo o Mundo (…) (http://www.gpp-osmth.org/sub_menu_quem_somos.htm em linha a 18/11/2014). Logo são uma organização ecuménica e humanitária que não está vocacionada para esta actividade a que a Templ’Anima se dedica.
O ano de 2013 trouxe-nos até Tomar quatro elementos de Troyes, entre responsáveis e funcionários do turismo desta cidade e da comenda de Avalleur. Joaquim Nunes e eu estivemos a recebê-los em Tomar onde visitaram o castelo templário, o convento de Cristo, indo depois de almoço ao interior do castelo de Almourol e à Torre de Dornes. Espanto é a palavra que consegue descrever as expressões destes quatro elementos perante a qualidade e beleza destes patrimónios. Foram ainda recebidos pelo senhor presidente Carlos Carrão. A maravilha destes lugares levou os responsáveis de Avalleur a voltarem a Portugal menos de 30 dias volvidos. E de novo contaram com a colaboração da Templ’Anima nas pessoas de Joaquim Nunes e do signatário.
Foi a meu ver, natural que a Templ’Anima, na pessoa do Dr. Joaquim Nunes fosse na visita que a edilidade tomarense realizou até Troyes dados os contactos que Joaquim Nunes já tinha e que, naturalmente disponibilizou conforme exigem os estatutos da Associação Templ’Anima. Não existe protocolo com esta associação? Certamente que não. Foi uma colaboração pontual? Certamente que sim. Mas imaginem o que será estar na criação de um novo itinerário cultural europeu. Não é integrar, é criar de raiz, sendo que o castelo de Tomar é o exemplar que está mais próximo do original dado que Paris (Bastilha) já não existe e Londres não tem o recinto muralhado. Os franceses estão mais do que motivados. Os italianos querem muito, os espanhóis já estão a pensar nisso. E nós? Nós temos uma associação, a Templ’Anima, sem protocolo com a edilidade mas que actua discretamente tendo no seu estatuto desde há oito anos o objectivo da criação de um itinerário cultural europeu. E tudo isto a bem do Concelho de Tomar.


P.S – O autor não cumpre o acordo ortográfico.
Este género de requerimentos causam-me impressão pois, apesar do conteúdo político, parecem dar a impressão de que os partidos políticos não sabem o que se passa no concelho. E esta associação já existe oficialmente há pelo menos nove anos. Pois..., o Paraíso é uma questão pessoal mas este assim não é o meu paraíso.

Visita da Câmara de Tomar a Troyes





Estava a "navegar" nas notícias tomarenses a 11 ou 12 de Novembro de 2014 quando me foi chamada a atenção por um requerimento que tinha sido escrito pelo PSD a propósito da visita a Troyes por parte de uma comitiva tomarense. Nesse requerimento que o PSD faz à edilidade tomarense a associação Templ'Anima é posta em causa mas em momento algum é mencionado o Grande Priorado de Portugal no que concerne às mesmas objeções. Fui naturalmente ao site do PSD ver esse requerimento.

De seguida escrevi  um texto que entreguei no Jornal O Templário no dia 18 de Novembro de 2014. Passaram-se cerca de 27 dias e entendi que este artigo que servia como que uma resposta sobre o que é a Associação Templ'Anima já estaria fora de contexto dado o tempo excessivo que tinha passado. Estive a 23 de Dezembro do ano transacto em Tomar e a directora do jornal disse-me que era um texto muito longo, razão pela qual não o tinha publicado. Não contesto a linha editorial mas sim o facto de só passado um mês me ter dito a razão e só porque fui à sede do jornal, em Tomar, num contexto de visita familiar.

Seguirá o texto desse artigo mais logo. Mas de imediato o citado requerimento dado a conhecer pelo PSD


Requerimento sobre visita efectuada a Troyes


Os vereadores do PSD desde já lamentam que não tivessem sido informados, atempadamente, da visita que aliança PS/CDU estava a preparar a Troyes, bem como os objetivos prévios dessa mesma visita, no sentido de acompanhar e contribuir para a parceria que se pretende atingir.


Diz a informação em causa que foi com o objetivo de estreitar as relações com os responsáveis regionais, que aí se deslocou uma delegação composta por cinco pessoas, chefiada pelo vereador Hugo Cristóvão e que incluiu representantes da organização da Festa Templária e da Associação Templanima, que já havia realizado um trabalho preparatório em 2012, aquando da realização em Troyes de um importante Congresso sobre os Templários.


Ora, desconhecemos que haja qualquer protocolo de colaboração entre e Câmara Municipal de Tomar e referida Associação, assim como quais os critérios que estiveram na base da escolha dessa mesma associação, no sentido de ser a mais credenciada para poder contribuir, nomeadamente para a criação da Carta Europeia da Rota dos Templários.


Como é sabido, existem várias associações ligadas a esta temática, nomeadamente o "Grande Priorado de Portugal", que representa em Portugal a tradição Templária, dirigida por templários e com contactos em todo o mundo, que se encontra inscrita na ONU e tem a sua comenda em Tomar.


Neste sentido os vereadores do PSD interpelam:

  1. Quais os critérios que esteve na origem da escolha da Associação Templanima.
  2. Se foram contactadas outras Associações da mesma natureza.
  3. Qual o custo discriminado dessa mesma viagem.
  4. Quais os contactos que a Câmara Municipal fez com a referida associação e contributos que até agora a mesma deu, no sentido de merecer a confiança da governação PS/CDU, no sentido de colaborar e participar neste projecto, com custos para a autarquia
Tomar, 10 de Novembro de 2014
Os vereadores do PSD
(João Miragaia Tenreiro)
(António Manuel Gonçalves Jorge)

Naturalmente que este género de dúvidas deve ter respostas. O Paraíso é uma questão pessoal mas este paraíso...