terça-feira, 19 de agosto de 2008

Descoberta do Túmulo de Nefertiti?

Mais uma novidade no mundo arqueologia egípcia. Arqueólogos dizem ter descoberto o túmulo da rainha Nefertiti o que a ser verdade é uma bomba no seio da arqueologia. Isto a dar-se o crédito à notícia divulgada em Fevereiro de 2006 que abaixo se transcreve.




Domingo, Fevereiro 12, 2006
Túmulo de Nefertiti descoberto?
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Uma equipa de arqueólogos liderada pelo egiptólogo norte-americano Otto Schaden, da Universidade de Memphis, no estado do Tennessee, descobriu, no Vale dos Reis, perto de Luxor, no Egipto, um túmulo completo com cinco sarcófagos de madeira. É o primeiro achado do género desde 4 de Novembro de 1922, quando o britânico Howard Carter descobriu o túmulo de Tutankhamon.











Esta é a famosa cabeça exposta no Museu em Berlim e que gera receitas anuais de 2 milhões de euros o que impossibilita desde logo a sua devolução. Mesmo sendo só de pedra caliça gera receitas muito generosas nos produtos que se vendem (postais, posters, canetas, etc.)


Para os responsáveis do Museu este busto é o paraíso. E O Paraíso é uma questão pessoal, não acham?







Como houve quem dissesse (egiptóloga britãnica) logo que a múmia descoberta era a da famosa rainha, o caso teve que ser estudado (será que com recurso ao CSI de Miami???) e as conclusões surgiram agora num excerto que abixo se reproduz.


A múmia que foi identificada por uma egiptóloga britânica como a da legendária rainha faraônica Nefertiti corresponde de fato a um jovem, segundo especialistas egípcios. "Existem poucas possibilidades que essa múmia seja a de Nefertiti, suas características fisionômicas indicam que é de uma pessoa de idade entre 18 e 20 anos", ressaltou a antropóloga do Conselho Superior de Antigüidades egípcio Samia al-Merghani.
Merghani explicou que "a pélvis da múmia não corresponde a de uma pessoa adulta como Nefertiti, que deu a luz pelo menos em seis ocasiões". Também ressaltou que ao estudar a múmia "se apreciam vestígios de dentes do siso só no lado esquerdo das mandíbulas superior e inferior", o que também aponta a alguém mais jovem que a esposa do faraó Akenatón, falecida aos trinta anos.
Segundo a arqueóloga egípcia, o linho que envolve a múmia confirma que é de um jovem e não da rainha, já que "os sacerdotes mumificavam de forma diferente homens e mulheres". O secretário-geral do Conselho Superior de Antigüidades do Egito, o arqueólogo Zahi Hawas, especificou que as perfurações nas orelhas da múmia não são uma prova concludente para demonstrar que o corpo pertence a uma mulher, já que na época faraônica era habitual que os homens também as fizesem.
Má conservação:
A forma do crânio e sua mandíbula, semelhantes à do faraó Tutankamon, são outra das razões que excluem a possibilidade que esse corpo seja de Nefertiti, acrescentou Hawas. O especialista acrescentou que a ausência dos genitais na múmia também não é um referencial importante para determinar seu sexo, já que outras múmias, como a de Tutankamon, também tinham perdido seus órgãos sexuais, devido a má conservação do corpo.
As provas levantadas por Hawas, que há 34 anos trabalha como egiptólogo, corroboram as grandes reservas expressadas há dois meses quando Joann Fletcher anunciou que o corpo correspondia a Nefertiti, teoria que seu colega egípcio catalogou então de "completamente errônea", porque "a limitada experiência dessa pesquisadora não lhe permite identificar uma múmia". A polêmica sobre a identidade desta múmia começou em junho passado quando a arqueóloga, da Universidade de York (Inglaterra), anunciou que após intensas pesquisas tinha chegado à conclusão de que a múmia pertencia à mítica rainha.
"Após doze anos de busca, esta descoberta é talvéz a experiência mais extraordinária da minha vida", afirmou. As autoridades egípcias tinham permitido a Fletcher e sua equipe examinar essa múmia em detalhes e analisar os restos encontrados junto a ela, como alguns fragmentos de brincos. A múmia tinha sido descoberta por especialistas franceses em 1898 em uma câmara do túmulo do rei Amenhotep II, sem que então lhe fosse prestada muita atenção, por encontrar-se em más condições de conservação.
O interesse da egiptóloga britânica por Nefertiti começa com o conhecido busto da rainha exposto num museu de Berlim, e em torno da qual houve uma grande polêmica no Egito, em junho passado, devido a uma montagem que o mostra incrustado sobre um corpo nú. O busto foi descoberto em 1912 nas ruínas de Tel El-Amarna, a capital criada por Akenatón, por uma equipe de arqueólogos que trabalhavam para a sociedade alemã do Oriente, e desde então é considerada a mais famosa peça arqueológica egípcia, junto à máscara de ouro do faraó Tutankamon.
A imagem de Nefertiti, esposa do faraó Akenatón da XVIII dinastia, que governou entre 1539 e 1075 a.C., foi gravada em numerosas esculturas, papiros e pinturas da época, embora seu busto em pedra caliça exibido no Museu de Berlim é talvez uma de suas imagens mais conhecidas.







Entretanto procedeu-se à reconstituição facil da múmia o que originou este rosto. Se calhar não gostamos pois temos na memória a representação existente no Museu em berlim e que acima mostro.



Descobertos no Egipto túmulos com mais de 3000 anos de idade





As descobertas no Egipto não param de surpreender. Agora foi a vez de arqueólogos japoneses terem descoberto sarcófagos do Império Médio (1975-1640 a.C) e um outro do Império Novo (1539-1075 a.C.)



Tanta descoberta arqueológica no Egipto. O avanço no conhecimento que se obtém. Afinal, O Paraíso é uma questão pessoal.


Encontradas no Egito tumbas com 3,4 mil anos
Uma missão arqueológica japonesa achou três ataúdes faraônicos de madeira, que foram sepultados há mais de 3,4 mil anos na localidade de Saqara, a sudoeste do Cairo. Segundo informa hoje a imprensa local, uma missão de arqueólogos japoneses achou estes ataúdes que remontam às dinastias dos faraós do Médio Império (1975-1640 a.C.) e do Novo Reino (1539-1075 a.C.).

Dois dos ataúdes têm quase 4 mil anos de idade, enquanto o terceiro data do século XV antes de Cristo. Uma das caixas de madeira tem a forma humana e contém uma múmia, segundo o jornal Ajbar al Yom. Além disso, o ataúde, de cor negra, tem desenhos dos quatro filhos do deus Horus.
Um dos outros dois féretros, do Médio Império, é de uma mulher, enquanto o outro contém em seu interior uma segunda urna de madeira, também com forma humana. Essa está decorada com pedaços de cristal negro ao redor da cabeça, acrescenta a fonte.
A missão de arqueólogos japoneses está desde os anos 90 escavando no sul de Saqara dentro de um projeto destinado a revelar tumbas do Médio Império.
A maioria dos achados arqueológicos de Saqara encontrados até agora correspondem ao período greco-romano (341 a.C. - 395 d.C.) e aos impérios faraônicos Antigo e Novo.
EFE

Descoberto um busto de Cleópatra

O Egipto não pára de nos surpreender. desta vez um pequeno comunicado da agência espanhola EFE dá-nos conta daquilo que se pensa ser a descoberta de um busto atrabuído a Cleópatra. esta foi a mulher que deu a volta à cabeça do celébre Marco António. No local da descoberta foi ainda achada uma máscara que se supôes logo ter pertencido ao imortal comandante romano pois diz o mito que onde estava um estaria o outro. A deusa grega Afrodite também está presente na descoberta com uma estátua que a representa e que foi igualmente descoberta. a polémica instalou-se quando alguém afirmou que no local da descoberta, os túneis agora encontrados levariam ao tumulo da mais célebre rainha do egipto e do seu companheiro Marco António, facto que já foi desmentido por Zahi Hawas.

Segue abaixo a notícia:

Não acham que O Paraíso é uma questão pessoal?


Estátua de Afrodite e um busto de Cleópatra são descobertos no Egito Maio 31, 2008 (imagem do filme protagonizada por Elizabeth Taylor)
Posted by heljerbass in
Arqueologia. trackback
Da EFE
Arqueólogos egípcios descobriram na cidade de Alexandria uma estátua da deusa grega Afrodite, um busto da rainha Cleópatra e uma máscara que pode ter pertencido a Marco Antonio, comandante militar romano.O anúncio foi feito por Farouk Hosni, ministro egípcio de Cultura, em comunicado divulgado pelo Conselho Supremo de Antiguidades (CSA).A estátua de bronze de Afrodite, o busto de alabastro de Cleópatra e a máscara de Marco Antonio foram achados em escavações no templo de Tabusiris Magna. O secretário-geral do CSA, Zahi Hawas, revelou que também foram descobertos vários túneis no local.Hawas lembrou que o templo foi erguido durante o reinado de Ptolomeu II do Egipto (285-246 a.C.) e desmentiu que essas passagens e túneis levassem ao túmulo de Cleópatra.



Esta é a notícia da alegada descoberta dos túmulos de Cleópatra e de Marco António





Arqueólogos julgam ter descoberto túmulos de Cleópatra e António

A uns 50 quilómetros de Alexandria, existe um templo em cujo interior poderão situar-se os túmulos de Cleópatra, a mais famosa rainha do antigo Egipto, e do general romano Marco António, seu amante. Essa é, pelo menos, a intuição duma equipa de arqueólogos liderada por Zahi Hawass. O também director do Conselho Superior de Antiguidades do Egipto estará mesmo convicto de tal hipótese, segundo a correspondente do jornal espanhol ABC no Cairo.A jornalista, que entrevistou Zahi Hawass - responsável pessoal por diversas escavações em curso no Egipto - e o descreve como uma espécie de homem dos sete instrumentos, atribui-lhe a afirmação de que "a abertura dos túmulos de Cleópatra e Marco António vai ser uma das maiores descobertas dos últimos tempos". De resto, para o director do egípcio Centro Superior de Antiguidades - que também diz ter encontrado a múmia perdida da rainha Hatshepsut e promete divulgar, em Outubro, o segredo da construção da grande pirâmide de Keops -, este ano de 2007 será percorrido por uma febre de egiptologia idêntica à de 1922, ano em que foi descoberto o túmulo do faraó Tutankamon.Quanto a Cleópatra e Marco António, até agora, segundo a correspondente do diário espanhol, a equipa arqueológica encontrou, no templo referenciado, duas portas, a uns dez metros de profundidade, e um busto de Cleópatra, que viria a desencadear o optimismo da equipa de pesquisadores.No entanto, a exuberância e assertividade de Zahi Hawass suscitarão reacções desencontradas, não sendo raros os cientistas que, senão cépticos, pelo menos recomendam cautela relativamente à "descoberta" propalada. Mesmo a identificação da múmia de Hatshepsut não está isenta de polémica. Isso embora o director do Conselho Superior de Antiguidades afirme estar certo da sua identidade, assegure ter sido analisado o respectivo ADN e prometa "uma grande conferência de imprensa" para anunciar a descoberta daquela que reinou, no século XV a. C., mais de 20 anos.

A Aventura da Arqueologia

O Arqueólogo Zahi Hawass disse há tempos que acreditava que cerca de 50% do Antigo Egipto estaria por descobrir. Com o seu chapéu a imitar muito Harrison Ford nos Salteadores da Arca perdida, a verdade é que não podia estar mais distante daquele personagem dados os métodos científicos que defende. Como vive no século XXI acredita (e bem) que a arqueologia deve ser publicitada para conseguir recursos finaceiros e como meio de preservar o património descoberto. Agora a última notícia é a descoberta da chamada Quarta pirâmide. Aqui segue a notícia transcrita da agência noticiosa

"A quarta pirâmide de Gizé

Zahi Hawass "reconstrói" para o pequeno ecrã um monumento que se achava perdido.

As autoridades egípcias propõem-se abrir ao público, em princípios de 2009, aquilo que resta do que se diz ser a quarta pirâmide de Giza (pronunciar Guiza), construída pelo faraó Dyedefra. O Canal de História mostra-a em Setembro.
O anúncio foi feito no Cairo, pelo mediático arqueólogo Zahi Hawass, secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto.
"O mistério desta pirâmide era saber-se se a sua construção chegou a ser concluída. Nós confirmámos que sim. Era a pirâmide mais alta do complexo de Giza (onde se erguem as pirâmides de Khufu ou Keóps, Quéfren e Miquerinos)", disse o egiptólogo aos cerca de 30 representantes de órgãos de Imprensa e de operadoras de televisão de dez países, reunidos num secular e lendário hotel apalaçado, construído à sombra da Grande Pirâmide de Khufu.
Trajando formalmente, sem o emblemático chapéu que lhe granjeou o cognome de "genuíno Indiana Jones" ou "Indy" - e com o qual surge amiúde em documentários televisivos no domínio da egiptologia -, Zahi Hawass falava no âmbito do anúncio do documentário "A Pirâmide Perdida" (título que sugere uma espécie de subtil paragrama da "Arca Perdida" do Indy da ficção), que o "Canal de História" apresentará mundialmente em Setembro próximo.
A equipa de Zahi Hawass diz que o filme dará a conhecer a redescoberta da pirâmide mandada construir pelo faraó Dyedefra (filho de Khufu), que reinou no Egipto de 2556 a 2547 antes de Cristo, ou seja, há mais de 4500 anos. Anthony Geffen, responsável pela produção do documentário - que, com o egiptólogo Hassan Abd El-Razek, serviu de guia aos jornalistas numa visita aos vestígios da "Pirâmide Perdida" - esclareceu que o projecto (escavações/documentário) decorre "há três anos, tendo as filmagens sido iniciadas oito meses depois do começo [do projecto]".
"Durante os últimos 12 anos, procedemos a escavações e ficámos a conhecer grande parte da história da IV Dinastia, as lutas pelo poder e parte do segredo da construção das pirâmides", disse Zahi Hawass aos jornalistas. "Há milhões de pessoas que nunca virão ao Egipto. Portanto, temos o direito de lhes entrar em casa (através da televisão)", acrescentou o egiptólogo, que tem os turistas como os grandes "inimigos da arqueologia", uma vez que, na sua opinião, são eles quem "mais prejudica a preservação do património do Egipto".
Os vestígios desta quarta pirâmide de Giza, visitados já em 1839 pelos britânicos Howard Vyse e John Perryng, foram, durante muito tempo, considerados como uma obra inacabada. Encontram-se num pequeno planalto rochoso de Abu Rawash, em zona actualmente militarizada e de acesso restrito. Há registo de que os egiptólogos franceses, Emile Chassinat, Pierre Lacau e Pierre Montet também estiveram nesse local, em meados do século XX, mas as escavações sistemáticas só foram iniciadas em 1995 por uma missão arqueológica franco-suíça, dirigida por Michel Valloggia.
Segundo a equipa chefiada por Zahi Hawass - na qual se incluem os egiptólogos Peter Brand, da Universidade de Mênfis, e Salima Ikram, da Universidade Americana do Cairo -, a pirâmide de Dyedefra era idêntica em grandeza à pirâmide de Miquerinos (a mais pequena das três pirâmides de Giza) mas, por ter sido erigida em terreno elevado, ultrapassava em 7,62 metros a altura da pirâmide de Keóps, que tem 146 metros (mais ou menos a altura de um edifício de 40 andares).
Tal como a pirâmide de Khufu, também a de Dyedefra foi constituída com blocos de dolomite (calcário) e de granito vermelho da região de Assuão, a 800 quilómetros a montante, no rio Nilo.
Do alto de Abu Rawash, daquilo que resta da "Pirâmide Perdida" - actualmente reduzida a uma elevação de terreno com cerca de 10 metros de altura -, divisa-se na névoa amarelada que cobre o deserto, sob o fundo incendiado do céu, a presença eterna das silhuetas rosadas, envolvidas na luz, das pirâmides de Khufu, Quéfren e Miquerinos. "A pirâmide de Dyedefra estava coberta de granito polido e por uma liga de ouro, prata e cobre, que resplandecia ao Sol como símbolo de poder", dizia Anthony Geffen, apontando os vestígios do monumento, ao mesmo tempo que erguia os braços como se desenhasse no ar ardente do deserto as faces imaginárias dessa pirâmide. Horas antes, na penumbra do feérico salão Al Haken do hotel Mena House Oberoi, Zahi Hawass recordava que, na época da romanização, os monumentos do Império Antigo egípcio foram reciclados para outras construções.
Enormes, disformes e esmagadoras (como as três pirâmides conhecidas) ou desaparecidas e imaginadas (como a de Dyedefra), o que mais surpreende nestes monumentos é o mistério: uma espécie de mudez e de segredo que espanta". 7/7/2008 Carlos Gomes


Ai se esta moda de preservar o patromínio e de o divulgar aqui no nosso Portugal pega. Afinal O Paraíso é uma questão pessoal.

O País que somos e o País que temos

Repare-se na alta sensibilidade de muitas das pessoas que dão autorizações para se construir ou dos funcionários que constroem. Na Lourinhã, terra de muitas descobertas arqueológicas de outros períodos, apareceu um poço da época moderna, datável do século XVI. E qual foi a medida tomada? A sua rápida destruição. Ficámos todos mais pobres com esta falta de cultura. É verdade que há legislação para este tipo de acções mas também é verdade que raras vezes é aplicada.

Leia-se a notícia abaixo oriunda da Agência Lusa:
"Achados arqueológicos destruídos na Lourinhã
Um poço, que os arqueólogos do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) acreditam ser do século XVI, foi descoberto e imediatamente entulhado durante os trabalhos de fundação de uma obra particular na Lourinhã.
«Seria um poço da Idade Moderna, portanto dos século XV ou XVI», confirmou a arqueóloga Sandra Lourenço, do IGESPAR, cujos serviços jurídicos estão a analisar o caso e a ponderar mover uma acção judicial contra o dono da obra, para «apuramento de responsabilidades».
Os colaboradores do Museu da Lourinhã, Isabel e Horácio Mateus, foram os primeiros a aperceber-se da importância arqueológica do poço. «Tinha uma estrutura bastante grande e uma cobertura em ogiva, com tijolo de burro e várias bocas de fornecimento de água, e achámos que tinha interesse», explicaram.
Perante o avanço da obra e a «falta de sensibilidade» do empreiteiro para a existência de potenciais achados arqueológicos, o Museu da Lourinhã denunciou o caso ao IGESPAR, cujos técnicos estiveram no local, mas já só encontraram a cobertura do poço destruída e este entulhado de betão.
O arqueólogo Mário Varela Gomes, da Universidade Nova de Lisboa e colaborador do museu, considera também estar-se perante «uma estrutura do século XVI ou XVII devido à tipologia da própria construção», muito comum na Estremadura, dada a influência islâmica. Uma escavação no local seria «interessante para escavar outros objectos que aí caem», como cântaros em cerâmica, moedas ou até esqueletos», que viriam enriquecer o espólio do Museu da Lourinhã, apontou o também vice-presidente da Associação de Arqueólogos Portugueses.
O proprietário e empreiteiro da obra, Armando Matias, recusou-se a prestar declarações e apenas esclareceu que a construção está devidamente licenciada. A obra não foi embargada pela câmara municipal.
Segundo os investigadores, o poço e outros que já não existem, mas que se sabe da sua existência, teriam sido construídos quando o assoreamento do mar, no século XVI, permitiu à população da Lourinhã instalar-se na zona baixa da vila e construir sistemas de retenção de água para tirar partido de um importante lençol freático, que ainda hoje aí existe, e regar os campos agrícolas.
A Lei do Património Cultural Português prevê que todos os bens de interesse cultural devem ser salvaguardados e sujeitos a protecção especial por todos os cidadãos, sendo a sua destruição punível pelo Código Penal com pena de prisão até três anos ou multa equivalente a 360 dias. Diário Digital / Lusa "

Afinal neste País que temos, O Paraíso é uma questão pessoal.