quinta-feira, 11 de junho de 2009

Presidente da Republica

Nem tudo foi mau no discurso do senhor Presidente da Republica. Um dos avisos à navegação que fez foi o facto de que os políticos devem tirar as respectivas ilações do elevado abstencionismo. Também é verdade que ele se deve incluir no grupo. Pode ser que assim as próximas eleições corram melhor ao nível da participação dos cidadãos. Assim, pode ser a máxima se aplique pois O Paraíso é uma questão pessoal.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Banda desenhada, Pato Donald


75º Aniversário do Pato Donald

Nervoso, explosivo, azarado, preguiçoso, teimoso e, ao mesmo tempo, muito encantador. Donald Fauntleroy Duck, o Pato Donald, chega aos 75 anos hoje, 9 de Junho.
Foi em 1934 que o famoso personagem fez sua primeira aparição nas telas com o desenho animado A Galinha Sábia, onde apesar da tradicional roupa de marinheiro e da esganiçada voz (dobrada por Clarence Nash, que faria a voz do personagem até sua morte, em 1985), não continha ainda as características de personalidade que o tornariam tão famoso. A animação foi um tremendo sucesso e Donald apareceu em outro desenho ao lado do carro-chefe da Disney, Mickey Mouse, em The Orphan's Benefit, onde se irritava ao extremo ao tentar declamar um poema e era atrapalhado pelas crianças.
Seus três sobrinhos, Huguinho, Zezinho e Luisinho, apareceram pela primeira vez nas tirinhas em 1937. Primeiramente, eles eram endiabrados, depois se transformaram em comportados escoteiro-mirins. A eterna namorada de Donald, Margarida, surgiu em 1940 em um desenho chamado Mr. Duck Steps Out.

O ano de 1942 foi particularmente especial para o pato. O desenho The Füerer's Face, onde ele sonhava viver em uma opressiva Alemanha nazista, ganhou um Oscar, e no mundo dos quadrinhos, um homem chamado Carl Barks assumiu as histórias do famoso personagem e desenvolveu toda uma mitologia em torno dele, criando e adicionando personagens, como Tio Patinhas, Pardal, Maga Patológica, o vizinho Silva e seu maior nêmeses, o primo sortudo Gastão. Foi com Barks que Donald cristalizou suas maiores características, como se dar mal em qualquer atividade que pudesse assumir (ele sempre começa como um especialista para depois destruir tudo) e ainda viajar pelo mundo em aventuras fantásticas ao lado do milionário tio. Barks desenhou a família pato até 1965 e teve toda sua obra relançada recentemente pela Editora Abril na extensa colecção O Melhor da Disney.
Em 1943, Donald visitou o Brasil no longa-metragem Alô Amigos, onde conhece Zé Carioca. O pato volta ao País alguns anos depois em Você Já Foi à Bahia?, de 1944, onde se apaixona por Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda.
Ainda em tempos de guerra, o sucesso do Pato Donald foi tão grande que, mesmo com a proibição da publicação de personagens americanos nos países do Eixo, ele continuou a ter uma revista na Itália - Benito Mussolini era um fã confesso. Os italianos são, até hoje, um dos grandes produtores de aventuras do pato (junto aos holandeses e dinamarqueses) e foram eles que, em 1969, o transformaram em um super-herói com a criação do Superpato, uma paródia de Diabolik, personagem de sucesso no país da bota italiana.
Em 12 de Julho de 1950, a revista O Pato Donald foi lançada no Brasil e marcou a estréia da Editoria Abril no mercado. Sucesso instantâneo, a primeira edição teve uma tiragem inicial de 82.000 exemplares, que foram vendidos rapidamente. Aliás, a revista O Pato Donald é o título mais longevo do mercado brasileiro, são 59 anos de publicação ininterrupta.
Recentemente, o desenhista americano Don Rosa estudou todo o trabalho de Carl Barks e conseguiu criar uma consistência histórica na cronologia dos patos ao contar toda a vida e glória do Tio Patinhas. Nessa história, vemos que Donald é filho de uma das irmãs do multimilionário, Hortência, com Patoso, filho da Vovó Donalda, e tem uma irmã gêmea, Dumbella, que é a mãe de Huguinho, Zezinho e Luisinho. Aliás, é engraçado quando os pais de Donald se encontram, pois ambos são extremamente stressados e só se acalmam quando estão juntos, o que explica o comportamento explosivo do pato.
Mais de 200 filmes e milhares de tirinhas e histórias depois de sua estréia, Donald é um dos grandes ícones modernos. O seu último filme aconteceu em 1995. Já foi identificado com os brasileiros da década de 80 (por ser explorado pela família, se esforçar muito e nunca sair do lugar ou conseguir ser bem-sucedido) e também ferozmente atacado pelo escritor chileno socialista Ariel Dorfman em Para Ler o Pato Donald. Mas o pato nunca perdeu sua majestade. E hoje, mais do nunca, merece um grande e sonoro QUACK! É por causa de estrelas como esta que O Paraíso é uma questão pessoal.

Política, Dia de Portugal, Eleições Europeias


O Senhor Presidente da República no seu discurso do 10 de Junho, realizado em Santarém fez finalmente um primeiro comentário sobre a fraca afluência às urnas no passado domingo, a propósito das eleições europeias. É verdade que a abstenção passou a fasquia dos 60%. É verdade que o facto de estarmos na União Europeia traz a Portugal todas as vantagens. Mas também é verdade que desde a entrada de Portugal na então CEE nunca nos deram direito a um referendo sobre este assunto. Pois parece que somos uns asnos e eles (quem está ou vai para a Europa) é que são uns iluminados. Explicar a diferença do Tratado de Lisboa nunca foi motivo importante para os nossos políticos. Quando o PS subiu ao poder em 2005 disse logo que ia proceder ao referendo. Depois de assinar o Tratado de Lisboa alegou não ser necessário pois não era diferente do anterior. Aliás cada vez que alguém abria a boca dizia algo de diferente. Inclusive alguns dos deputados disseram que ou não leram o texto do Tratado de Lisboa ou não conseguiam perceber o seu alcance. Sem referendos, sem explicações mas depois querem que a populaça vote. Não é pedir demais? Isto não faz parte do meu paraíso e O Paraíso é uma questão pessoal.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Morte de David Carradine


Para os cinéfilos, hoje é um dia triste dado que foi tornada pública a morte de David Carradine. Faleceu em Banguecoque com 72 anos em circunstâncias que parecem apontar para o suicídio. O actor estava a preparar mais um filme. Lembremo-nos dele no papel de Kwai Chang Caine (o protagonista) na série Kung Fu e que seguimos em Portugal na TV e, mais recentemente, nos dois filmes Kill Bill, rodados entre 2003 e 2004.




Leiam o desenvolvimento da notícia em:
http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/46616

Com notícias destas, nem sempre O Paraíso é uma questão pessoal.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ordens do Templo e de Cristo, Tomar



Quando a saúde está bem ou quase bem, sentimos que estamos preparados para retomar o trabalho. No meu caso começo a sentir-me preparado para retomar o estudo das ordens militares e religiosas, concretamente a Ordem do Templo e a Ordem de Cristo. É algo aliciante para mim que me sinto há longos meses arredado destas lides e que só contacto com Tomar e o seu Convento através dos amigos e dos jornais O templário e Cidade de Tomar. Mas estou de volta. Sim, estar bem é um paraíso e O Paraíso é uma questão pessoal.

Pintura, Bayard, Convalescença


Após o mês de Março que foi francamente terrível e passado parte dele deitado é que chegou aquilo que eu apelido de convalescença. Comecei a dar valor à vida, a achar importante o voo do melro observado a partir da janela do meu quarto. Sabem a maravilha que é ver a folhagem de uma árvore despontar lentamente com o crescente apelo da Primavera? É um espectáculo que só os doentes têm paciência para observar pois têm tempo a perder (ou a ganhar) olhando tal fenómeno. E isto fez-me suportar a doença. A propósito observem esta obra de Bayard, intulada a Convalescença. Muito interessante pelas linhas de fuga, pelo segundo plano dado pelo soldado à direita e pela fuga para outro espaço dada pela janela aberta com um pouco de paisagem. Sim, O Paraíso é uma questão pessoal.





E o que se perde estando em casa quando não nos é permitido observar o mundo nas suas várias vertentes. Veja-se o dia que se perde quando não sabemos ou não podemos olhar com olhos de ver o voar calmo de uma gaivota que com o por-do-sol se está a preparar para passar a noite numa rocha ou abrigo que lhe dê protecção. De casa não conseguia observar isto. Vale a pena pois para mim, uma paisagem destas é inolvidável. Assim, O Paraíso é uma questão pessoal.

Saúde


Cá estou eu de novo depois de um longo período de doença. Meti férias para tratar da mudança de casa mas foram-se as férias e entrei de atestado médico entre 6 de Março e 3 de Junho. Para alguém como eu que nunca tinha estado este tempo todo de baixa, tal situação representa uma tortura. Ainda para mais sozinho em casa, numa casa que tinha cerca de 130 caixotes de material diverso e em que eu não podia tocar por falta absoluta de forças. Fiz o possível que foi tentar ignorar os caixotes mas dado o elevado número tal tarefa afigurou-se impossível. Tentei ir desmontando uma caixote de dois em dois dias. Não servia para grande coisa mas melhorava o ego. Decididamente este estado não era o paraíso e O Paraíso é uma questão pessoal.