quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Preguiça

Cá estou eu de volta. De volta a este paraíso que é o nosso País. Olá cá estou de volta. De volta a este belo país que, dizem, está a beira-mar plantado. Passou o Agosto, veio o Setembro e chegaram as férias. Passaram as férias e chegou a preguiça. Mas fiquei com saudades das férias pois todos os dias caminhava pela praia fora com destino a Cacela Velha. Praia imensa com um areal delicioso. Muitas conchas que fizeram as delícias de um qualquer malacologista. E os apanhadores de conquilha? Coitadas das ditas cujas pois os caçadores deste género de lanche são por vezes mais do que as coitadas das conquilhas. Quase que as imaginamos a fazer os 100 metros à frente dos apanhadores. É a febre dos exageros que toca o ser humano e que desgraça a conquilha. Ao início da praia tínhamos alguns jovens a vender a conquilha a 5 € o quilo. Será que para a conquilha, nesta altura do ano, O paraíso é uma questão pessoal?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Descoberta do Túmulo de Nefertiti?

Mais uma novidade no mundo arqueologia egípcia. Arqueólogos dizem ter descoberto o túmulo da rainha Nefertiti o que a ser verdade é uma bomba no seio da arqueologia. Isto a dar-se o crédito à notícia divulgada em Fevereiro de 2006 que abaixo se transcreve.




Domingo, Fevereiro 12, 2006
Túmulo de Nefertiti descoberto?
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Uma equipa de arqueólogos liderada pelo egiptólogo norte-americano Otto Schaden, da Universidade de Memphis, no estado do Tennessee, descobriu, no Vale dos Reis, perto de Luxor, no Egipto, um túmulo completo com cinco sarcófagos de madeira. É o primeiro achado do género desde 4 de Novembro de 1922, quando o britânico Howard Carter descobriu o túmulo de Tutankhamon.











Esta é a famosa cabeça exposta no Museu em Berlim e que gera receitas anuais de 2 milhões de euros o que impossibilita desde logo a sua devolução. Mesmo sendo só de pedra caliça gera receitas muito generosas nos produtos que se vendem (postais, posters, canetas, etc.)


Para os responsáveis do Museu este busto é o paraíso. E O Paraíso é uma questão pessoal, não acham?







Como houve quem dissesse (egiptóloga britãnica) logo que a múmia descoberta era a da famosa rainha, o caso teve que ser estudado (será que com recurso ao CSI de Miami???) e as conclusões surgiram agora num excerto que abixo se reproduz.


A múmia que foi identificada por uma egiptóloga britânica como a da legendária rainha faraônica Nefertiti corresponde de fato a um jovem, segundo especialistas egípcios. "Existem poucas possibilidades que essa múmia seja a de Nefertiti, suas características fisionômicas indicam que é de uma pessoa de idade entre 18 e 20 anos", ressaltou a antropóloga do Conselho Superior de Antigüidades egípcio Samia al-Merghani.
Merghani explicou que "a pélvis da múmia não corresponde a de uma pessoa adulta como Nefertiti, que deu a luz pelo menos em seis ocasiões". Também ressaltou que ao estudar a múmia "se apreciam vestígios de dentes do siso só no lado esquerdo das mandíbulas superior e inferior", o que também aponta a alguém mais jovem que a esposa do faraó Akenatón, falecida aos trinta anos.
Segundo a arqueóloga egípcia, o linho que envolve a múmia confirma que é de um jovem e não da rainha, já que "os sacerdotes mumificavam de forma diferente homens e mulheres". O secretário-geral do Conselho Superior de Antigüidades do Egito, o arqueólogo Zahi Hawas, especificou que as perfurações nas orelhas da múmia não são uma prova concludente para demonstrar que o corpo pertence a uma mulher, já que na época faraônica era habitual que os homens também as fizesem.
Má conservação:
A forma do crânio e sua mandíbula, semelhantes à do faraó Tutankamon, são outra das razões que excluem a possibilidade que esse corpo seja de Nefertiti, acrescentou Hawas. O especialista acrescentou que a ausência dos genitais na múmia também não é um referencial importante para determinar seu sexo, já que outras múmias, como a de Tutankamon, também tinham perdido seus órgãos sexuais, devido a má conservação do corpo.
As provas levantadas por Hawas, que há 34 anos trabalha como egiptólogo, corroboram as grandes reservas expressadas há dois meses quando Joann Fletcher anunciou que o corpo correspondia a Nefertiti, teoria que seu colega egípcio catalogou então de "completamente errônea", porque "a limitada experiência dessa pesquisadora não lhe permite identificar uma múmia". A polêmica sobre a identidade desta múmia começou em junho passado quando a arqueóloga, da Universidade de York (Inglaterra), anunciou que após intensas pesquisas tinha chegado à conclusão de que a múmia pertencia à mítica rainha.
"Após doze anos de busca, esta descoberta é talvéz a experiência mais extraordinária da minha vida", afirmou. As autoridades egípcias tinham permitido a Fletcher e sua equipe examinar essa múmia em detalhes e analisar os restos encontrados junto a ela, como alguns fragmentos de brincos. A múmia tinha sido descoberta por especialistas franceses em 1898 em uma câmara do túmulo do rei Amenhotep II, sem que então lhe fosse prestada muita atenção, por encontrar-se em más condições de conservação.
O interesse da egiptóloga britânica por Nefertiti começa com o conhecido busto da rainha exposto num museu de Berlim, e em torno da qual houve uma grande polêmica no Egito, em junho passado, devido a uma montagem que o mostra incrustado sobre um corpo nú. O busto foi descoberto em 1912 nas ruínas de Tel El-Amarna, a capital criada por Akenatón, por uma equipe de arqueólogos que trabalhavam para a sociedade alemã do Oriente, e desde então é considerada a mais famosa peça arqueológica egípcia, junto à máscara de ouro do faraó Tutankamon.
A imagem de Nefertiti, esposa do faraó Akenatón da XVIII dinastia, que governou entre 1539 e 1075 a.C., foi gravada em numerosas esculturas, papiros e pinturas da época, embora seu busto em pedra caliça exibido no Museu de Berlim é talvez uma de suas imagens mais conhecidas.







Entretanto procedeu-se à reconstituição facil da múmia o que originou este rosto. Se calhar não gostamos pois temos na memória a representação existente no Museu em berlim e que acima mostro.



Descobertos no Egipto túmulos com mais de 3000 anos de idade





As descobertas no Egipto não param de surpreender. Agora foi a vez de arqueólogos japoneses terem descoberto sarcófagos do Império Médio (1975-1640 a.C) e um outro do Império Novo (1539-1075 a.C.)



Tanta descoberta arqueológica no Egipto. O avanço no conhecimento que se obtém. Afinal, O Paraíso é uma questão pessoal.


Encontradas no Egito tumbas com 3,4 mil anos
Uma missão arqueológica japonesa achou três ataúdes faraônicos de madeira, que foram sepultados há mais de 3,4 mil anos na localidade de Saqara, a sudoeste do Cairo. Segundo informa hoje a imprensa local, uma missão de arqueólogos japoneses achou estes ataúdes que remontam às dinastias dos faraós do Médio Império (1975-1640 a.C.) e do Novo Reino (1539-1075 a.C.).

Dois dos ataúdes têm quase 4 mil anos de idade, enquanto o terceiro data do século XV antes de Cristo. Uma das caixas de madeira tem a forma humana e contém uma múmia, segundo o jornal Ajbar al Yom. Além disso, o ataúde, de cor negra, tem desenhos dos quatro filhos do deus Horus.
Um dos outros dois féretros, do Médio Império, é de uma mulher, enquanto o outro contém em seu interior uma segunda urna de madeira, também com forma humana. Essa está decorada com pedaços de cristal negro ao redor da cabeça, acrescenta a fonte.
A missão de arqueólogos japoneses está desde os anos 90 escavando no sul de Saqara dentro de um projeto destinado a revelar tumbas do Médio Império.
A maioria dos achados arqueológicos de Saqara encontrados até agora correspondem ao período greco-romano (341 a.C. - 395 d.C.) e aos impérios faraônicos Antigo e Novo.
EFE

Descoberto um busto de Cleópatra

O Egipto não pára de nos surpreender. desta vez um pequeno comunicado da agência espanhola EFE dá-nos conta daquilo que se pensa ser a descoberta de um busto atrabuído a Cleópatra. esta foi a mulher que deu a volta à cabeça do celébre Marco António. No local da descoberta foi ainda achada uma máscara que se supôes logo ter pertencido ao imortal comandante romano pois diz o mito que onde estava um estaria o outro. A deusa grega Afrodite também está presente na descoberta com uma estátua que a representa e que foi igualmente descoberta. a polémica instalou-se quando alguém afirmou que no local da descoberta, os túneis agora encontrados levariam ao tumulo da mais célebre rainha do egipto e do seu companheiro Marco António, facto que já foi desmentido por Zahi Hawas.

Segue abaixo a notícia:

Não acham que O Paraíso é uma questão pessoal?


Estátua de Afrodite e um busto de Cleópatra são descobertos no Egito Maio 31, 2008 (imagem do filme protagonizada por Elizabeth Taylor)
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Arqueologia. trackback
Da EFE
Arqueólogos egípcios descobriram na cidade de Alexandria uma estátua da deusa grega Afrodite, um busto da rainha Cleópatra e uma máscara que pode ter pertencido a Marco Antonio, comandante militar romano.O anúncio foi feito por Farouk Hosni, ministro egípcio de Cultura, em comunicado divulgado pelo Conselho Supremo de Antiguidades (CSA).A estátua de bronze de Afrodite, o busto de alabastro de Cleópatra e a máscara de Marco Antonio foram achados em escavações no templo de Tabusiris Magna. O secretário-geral do CSA, Zahi Hawas, revelou que também foram descobertos vários túneis no local.Hawas lembrou que o templo foi erguido durante o reinado de Ptolomeu II do Egipto (285-246 a.C.) e desmentiu que essas passagens e túneis levassem ao túmulo de Cleópatra.



Esta é a notícia da alegada descoberta dos túmulos de Cleópatra e de Marco António





Arqueólogos julgam ter descoberto túmulos de Cleópatra e António

A uns 50 quilómetros de Alexandria, existe um templo em cujo interior poderão situar-se os túmulos de Cleópatra, a mais famosa rainha do antigo Egipto, e do general romano Marco António, seu amante. Essa é, pelo menos, a intuição duma equipa de arqueólogos liderada por Zahi Hawass. O também director do Conselho Superior de Antiguidades do Egipto estará mesmo convicto de tal hipótese, segundo a correspondente do jornal espanhol ABC no Cairo.A jornalista, que entrevistou Zahi Hawass - responsável pessoal por diversas escavações em curso no Egipto - e o descreve como uma espécie de homem dos sete instrumentos, atribui-lhe a afirmação de que "a abertura dos túmulos de Cleópatra e Marco António vai ser uma das maiores descobertas dos últimos tempos". De resto, para o director do egípcio Centro Superior de Antiguidades - que também diz ter encontrado a múmia perdida da rainha Hatshepsut e promete divulgar, em Outubro, o segredo da construção da grande pirâmide de Keops -, este ano de 2007 será percorrido por uma febre de egiptologia idêntica à de 1922, ano em que foi descoberto o túmulo do faraó Tutankamon.Quanto a Cleópatra e Marco António, até agora, segundo a correspondente do diário espanhol, a equipa arqueológica encontrou, no templo referenciado, duas portas, a uns dez metros de profundidade, e um busto de Cleópatra, que viria a desencadear o optimismo da equipa de pesquisadores.No entanto, a exuberância e assertividade de Zahi Hawass suscitarão reacções desencontradas, não sendo raros os cientistas que, senão cépticos, pelo menos recomendam cautela relativamente à "descoberta" propalada. Mesmo a identificação da múmia de Hatshepsut não está isenta de polémica. Isso embora o director do Conselho Superior de Antiguidades afirme estar certo da sua identidade, assegure ter sido analisado o respectivo ADN e prometa "uma grande conferência de imprensa" para anunciar a descoberta daquela que reinou, no século XV a. C., mais de 20 anos.

A Aventura da Arqueologia

O Arqueólogo Zahi Hawass disse há tempos que acreditava que cerca de 50% do Antigo Egipto estaria por descobrir. Com o seu chapéu a imitar muito Harrison Ford nos Salteadores da Arca perdida, a verdade é que não podia estar mais distante daquele personagem dados os métodos científicos que defende. Como vive no século XXI acredita (e bem) que a arqueologia deve ser publicitada para conseguir recursos finaceiros e como meio de preservar o património descoberto. Agora a última notícia é a descoberta da chamada Quarta pirâmide. Aqui segue a notícia transcrita da agência noticiosa

"A quarta pirâmide de Gizé

Zahi Hawass "reconstrói" para o pequeno ecrã um monumento que se achava perdido.

As autoridades egípcias propõem-se abrir ao público, em princípios de 2009, aquilo que resta do que se diz ser a quarta pirâmide de Giza (pronunciar Guiza), construída pelo faraó Dyedefra. O Canal de História mostra-a em Setembro.
O anúncio foi feito no Cairo, pelo mediático arqueólogo Zahi Hawass, secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto.
"O mistério desta pirâmide era saber-se se a sua construção chegou a ser concluída. Nós confirmámos que sim. Era a pirâmide mais alta do complexo de Giza (onde se erguem as pirâmides de Khufu ou Keóps, Quéfren e Miquerinos)", disse o egiptólogo aos cerca de 30 representantes de órgãos de Imprensa e de operadoras de televisão de dez países, reunidos num secular e lendário hotel apalaçado, construído à sombra da Grande Pirâmide de Khufu.
Trajando formalmente, sem o emblemático chapéu que lhe granjeou o cognome de "genuíno Indiana Jones" ou "Indy" - e com o qual surge amiúde em documentários televisivos no domínio da egiptologia -, Zahi Hawass falava no âmbito do anúncio do documentário "A Pirâmide Perdida" (título que sugere uma espécie de subtil paragrama da "Arca Perdida" do Indy da ficção), que o "Canal de História" apresentará mundialmente em Setembro próximo.
A equipa de Zahi Hawass diz que o filme dará a conhecer a redescoberta da pirâmide mandada construir pelo faraó Dyedefra (filho de Khufu), que reinou no Egipto de 2556 a 2547 antes de Cristo, ou seja, há mais de 4500 anos. Anthony Geffen, responsável pela produção do documentário - que, com o egiptólogo Hassan Abd El-Razek, serviu de guia aos jornalistas numa visita aos vestígios da "Pirâmide Perdida" - esclareceu que o projecto (escavações/documentário) decorre "há três anos, tendo as filmagens sido iniciadas oito meses depois do começo [do projecto]".
"Durante os últimos 12 anos, procedemos a escavações e ficámos a conhecer grande parte da história da IV Dinastia, as lutas pelo poder e parte do segredo da construção das pirâmides", disse Zahi Hawass aos jornalistas. "Há milhões de pessoas que nunca virão ao Egipto. Portanto, temos o direito de lhes entrar em casa (através da televisão)", acrescentou o egiptólogo, que tem os turistas como os grandes "inimigos da arqueologia", uma vez que, na sua opinião, são eles quem "mais prejudica a preservação do património do Egipto".
Os vestígios desta quarta pirâmide de Giza, visitados já em 1839 pelos britânicos Howard Vyse e John Perryng, foram, durante muito tempo, considerados como uma obra inacabada. Encontram-se num pequeno planalto rochoso de Abu Rawash, em zona actualmente militarizada e de acesso restrito. Há registo de que os egiptólogos franceses, Emile Chassinat, Pierre Lacau e Pierre Montet também estiveram nesse local, em meados do século XX, mas as escavações sistemáticas só foram iniciadas em 1995 por uma missão arqueológica franco-suíça, dirigida por Michel Valloggia.
Segundo a equipa chefiada por Zahi Hawass - na qual se incluem os egiptólogos Peter Brand, da Universidade de Mênfis, e Salima Ikram, da Universidade Americana do Cairo -, a pirâmide de Dyedefra era idêntica em grandeza à pirâmide de Miquerinos (a mais pequena das três pirâmides de Giza) mas, por ter sido erigida em terreno elevado, ultrapassava em 7,62 metros a altura da pirâmide de Keóps, que tem 146 metros (mais ou menos a altura de um edifício de 40 andares).
Tal como a pirâmide de Khufu, também a de Dyedefra foi constituída com blocos de dolomite (calcário) e de granito vermelho da região de Assuão, a 800 quilómetros a montante, no rio Nilo.
Do alto de Abu Rawash, daquilo que resta da "Pirâmide Perdida" - actualmente reduzida a uma elevação de terreno com cerca de 10 metros de altura -, divisa-se na névoa amarelada que cobre o deserto, sob o fundo incendiado do céu, a presença eterna das silhuetas rosadas, envolvidas na luz, das pirâmides de Khufu, Quéfren e Miquerinos. "A pirâmide de Dyedefra estava coberta de granito polido e por uma liga de ouro, prata e cobre, que resplandecia ao Sol como símbolo de poder", dizia Anthony Geffen, apontando os vestígios do monumento, ao mesmo tempo que erguia os braços como se desenhasse no ar ardente do deserto as faces imaginárias dessa pirâmide. Horas antes, na penumbra do feérico salão Al Haken do hotel Mena House Oberoi, Zahi Hawass recordava que, na época da romanização, os monumentos do Império Antigo egípcio foram reciclados para outras construções.
Enormes, disformes e esmagadoras (como as três pirâmides conhecidas) ou desaparecidas e imaginadas (como a de Dyedefra), o que mais surpreende nestes monumentos é o mistério: uma espécie de mudez e de segredo que espanta". 7/7/2008 Carlos Gomes


Ai se esta moda de preservar o patromínio e de o divulgar aqui no nosso Portugal pega. Afinal O Paraíso é uma questão pessoal.

O País que somos e o País que temos

Repare-se na alta sensibilidade de muitas das pessoas que dão autorizações para se construir ou dos funcionários que constroem. Na Lourinhã, terra de muitas descobertas arqueológicas de outros períodos, apareceu um poço da época moderna, datável do século XVI. E qual foi a medida tomada? A sua rápida destruição. Ficámos todos mais pobres com esta falta de cultura. É verdade que há legislação para este tipo de acções mas também é verdade que raras vezes é aplicada.

Leia-se a notícia abaixo oriunda da Agência Lusa:
"Achados arqueológicos destruídos na Lourinhã
Um poço, que os arqueólogos do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) acreditam ser do século XVI, foi descoberto e imediatamente entulhado durante os trabalhos de fundação de uma obra particular na Lourinhã.
«Seria um poço da Idade Moderna, portanto dos século XV ou XVI», confirmou a arqueóloga Sandra Lourenço, do IGESPAR, cujos serviços jurídicos estão a analisar o caso e a ponderar mover uma acção judicial contra o dono da obra, para «apuramento de responsabilidades».
Os colaboradores do Museu da Lourinhã, Isabel e Horácio Mateus, foram os primeiros a aperceber-se da importância arqueológica do poço. «Tinha uma estrutura bastante grande e uma cobertura em ogiva, com tijolo de burro e várias bocas de fornecimento de água, e achámos que tinha interesse», explicaram.
Perante o avanço da obra e a «falta de sensibilidade» do empreiteiro para a existência de potenciais achados arqueológicos, o Museu da Lourinhã denunciou o caso ao IGESPAR, cujos técnicos estiveram no local, mas já só encontraram a cobertura do poço destruída e este entulhado de betão.
O arqueólogo Mário Varela Gomes, da Universidade Nova de Lisboa e colaborador do museu, considera também estar-se perante «uma estrutura do século XVI ou XVII devido à tipologia da própria construção», muito comum na Estremadura, dada a influência islâmica. Uma escavação no local seria «interessante para escavar outros objectos que aí caem», como cântaros em cerâmica, moedas ou até esqueletos», que viriam enriquecer o espólio do Museu da Lourinhã, apontou o também vice-presidente da Associação de Arqueólogos Portugueses.
O proprietário e empreiteiro da obra, Armando Matias, recusou-se a prestar declarações e apenas esclareceu que a construção está devidamente licenciada. A obra não foi embargada pela câmara municipal.
Segundo os investigadores, o poço e outros que já não existem, mas que se sabe da sua existência, teriam sido construídos quando o assoreamento do mar, no século XVI, permitiu à população da Lourinhã instalar-se na zona baixa da vila e construir sistemas de retenção de água para tirar partido de um importante lençol freático, que ainda hoje aí existe, e regar os campos agrícolas.
A Lei do Património Cultural Português prevê que todos os bens de interesse cultural devem ser salvaguardados e sujeitos a protecção especial por todos os cidadãos, sendo a sua destruição punível pelo Código Penal com pena de prisão até três anos ou multa equivalente a 360 dias. Diário Digital / Lusa "

Afinal neste País que temos, O Paraíso é uma questão pessoal.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Aumentos salariais: desculpe não percebi?


O governador do Banco de portugal referiu ontem que não devem existir aumentos salariais pois se estes existirem a inflação ainda irá disparar mais. poderá até ter razão mas convém lembrar-lhe que nos últimos nove (9) anos os aumentos salariais estiveram sempre em dissonância com a taxa efectiva da inflação. Esta situação ocorreu tanto durante a vigência dos governos PSD como nos governos PS. pergunta-se onde esteve nessa altura o sr. Governador do Banco de Portugal pois poderia e deveria ter comentado publicamente tais situações mas julgo que não o fez. Parece ser moda o povinho estar a pagar a crise. E a crise ora é nossa, ora vem dos EUA. O certo é que passamos o tempo a apertar o cinto. Não me lembro de ouvir o sr. Governador do Banco de Portugal a mencionar o facto de que as taxas de referência do Banco Central Europeu estão altas para Portugal. A imprensa fala da reação do presidente francês no que concerne a esta subida das mas omite discursos idênticos por parte do sr. Governador do Banco de Portugal.
Disse o nosso Primeiro-Ministro que se não fossem as reformas efectuadas pelo presente governo então é que o País estaria mesmo muito mal. A julgar pelo discurso do Dr. vítor Constâncio, o país está muito mal ou para lá caminha. Já repararm que há anos a fio que nunca temos uma boa notícia. Enfim, O Paraíso é uma questão pessoal.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tela de Watteau "La Surprise" redescoberta e leiloada


Esta é daquelas notícias que dá prazer em divulgar. Uma obra de arte, ainda para mais de um artista de renome e que tinha sido dada como desaparecida foi redescoberta. O valor de Watteau em leilões não pára de subir o que leva à conclusão que o mercado (legal) da arte não perece estar em crise. O texto abaixo foi retirado do site AEIOU. Felizmente O Paraíso é uma questão pessoal.

"Quadro de Watteau bate recorde em leilão A tela "La Surprise", de Jean-Antoine Watteau (1684-1721), dada como desaparecida desde 1848, foi comprada terça-feira por mais de 15 milhões de euros, batendo o recorde por uma obra de pintor francês vendida em leilão, informou a Christie's.«Trata-se não apenas de uma das redescobertas mais extraordinárias destes últimos anos, mas igualmente da tela de um grande mestre francês, que atingiu o preço mais elevado já pago num leilão», referiram em comunicado Richard Knight e Paul Raison, responsáveis da famosa casa de leilões. O recorde por um Watteau em leilão pertencia desde 13 de Dezembro de 2000 a "Conteur", pelo qual foram pagos mais de 3 milhões de euros. "La Surprise" foi pintada em 1718 e fazia par com "L'Accord parfait". Os dois quadros tiveram como primeiro proprietário Nicolas Henin, um conselheiro do rei e amigo de Watteau. Os quadros terão sido vendidos separadamente em 1756 pelo herdeiro de Henin, que publicou uma gravura de cada um. "L'Accord parfait" está actualmente em exposição num museu de Los Angeles, mas "La Surprise" mudou de mãos várias vezes e foi dada como desaparecida entre 1770 e 1848, anos de agitação revolucionária. Incluída em 1764 no catálogo de um coleccionador que era dela proprietário, a obra era apenas conhecida pela gravura e por uma cópia que figurava na colecção real inglesa, no Palácio de Buckingham, em Londres. O original apenas foi descoberto no ano passado, no salão de uma casa de campo britânica, por um perito que ali se deslocara para examinar uma outra tela.
JC, ontem às 16:56com Lusa"

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Clientes da EDP a pagar as dívidas dos outros


Caros Concidadãos e amigos,

Esta malta pretende pôr os cidadãos comuns, bons e regulares pagadores, a pagar as dívidas acumuladas por caloteiros clientes da EDP, num total de 12 milhões de euros e, para o efeito, a entidade reguladora está a fazer uma consulta pública que encerra em meados de Julho. Em função dos resultados desta consulta será tomada uma decisão. Esta consulta não está a ser devidamente divulgada nem foi publicitada pela EDP, pelo menos que se saiba.

A DECO tem protestado, mas o processo é irreversível e o resultado desta consulta irá definir se a dívida é não paga pelos clientes da EDP. A DECO teme que este procedimento pegue e se estenda a todos os domínios da actividade económica e a outras empresas de fornecimento de serviços (EPAL, supermercados, etc.).

Há que agir rapidamente. Basta enviar um e-mail com a nossa opinião, o que também pode ser feito por fax ou carta mas não tenhos os elementos.
Peço que enviem o mail infra ( o endereço de e-mail é: consultapublica@erse.pt) e divulguem o mais possível, para bem de todos nós cumpridores.

Sugiro um texto tipo para fazer a reclamação:

" Exmos. Senhores:

Pelo presente e na qualidade de cidadão e de cliente da EDP, num Estado que se pretende de Direito, venho manifestar e comunicar a Vªs Exªs a minha discordância, oposição e mesmo indignação relativamente à "proposta" – que considero absolutamente ilegal e inconstitucional – de colocar os cidadãos cumpridores e regulares pagadores a terem que suportar também o valor das dívidas para com a EDP por parte dos incumpridores.

Com os melhores cumprimentos, "
Já há uns tempos queriam despedir trabalhadores da EDP dando-lhes indemnizações e estes custos deveriam ser diluídos pelos clientes da EDP. Passou-lhes esta ideia peregrina. Mas tenho vontade de repartir os custos que estou a ter a mais com o empréstimo da casa motivado pelo aumento das taxas de juro. Assim peço à EDP, ao banco de Portugal, ao Governo de Portugal que aceite pagar a sua quota parte destes custos. Isto é saber gerir. Assim, sim, O Paraíso é uma questão pessoal.

Esta é a representação da Vaidade (Vanitas)Pieter Claesz (1597-1661). Foi executada em 1630. Se calhar poderíamos antes colocar como título O Português depois de pagar os impostos e os pequenissimos aumentos que se deram em Portugal nos últimos seis meses. Os transportes já aumentaram duas vezes e tem lógica que subam mas essa lógica não se reflecte no aumento da massa salarial. O aumento foi de 2,1% para o ano civil de 2008. Foi um aumento tabelado pelo governo. E de há oito ou nove anos os aumentos dos salários, tendo em conta a inflação, estão sempre desfasados da realidade. Mas o que se passa com os governos em Portugal? Não se é capaz de efectuar os cálculos de uma maneira correcta? Não são capazes de falar verdade aos portugueses? Porque será que os políticos ficam com aquele ar de espanto quando lhes dizem que os portugueses já não acreditam nos políticos? Talvez se se enganassem menos e falassem verdade a situação fosse diferente.


O IVA desceu mas no Banco Central Europeu ou BCE como é vulgarmente conhecido não se conhece o vocábulo descer. Devemos pois oferecer o último grito da tecnologia: a calculadora. Os especialistas estão convictos de que a taxa de referência vai aumentar 25 pontos. Aliás a única coisa que se conhece do BCE é a palavra aumentar. Os EUA estão mal, aumenta-se a taxa de referência; existe inflação, logo aumenta-se a taxa de referência; a França constipou-se e aumenta-se a taxa de referência. Até agora a inflação na zona Euro não dá mostras de abrandar e há não sei quantos meses que o BCE anda a aumentar a taxa de referência para abrandar ou parar com a subida da inflação. O que valeu até agora estas mexidas na taxa Euribor. Para o comum dos mortais rigorosamente nada. Os países do Sul da Europa já dizem que se deve ter calma com as subidas constantes das taxas de juro. Mas logo a seguir fala-se da independência do poder económico. Tem piada dantes não se dizia que o poder político subordina os outros poderes? Agora o que vale é o poder económico? Afinal... O Paraíso é uma questão pessoal.

O sr. ministro da Economia, dr. Manuel Pinho não se contentou em telefonar a alguém para saber se a nova taxa do IVA estava a ser correctamente aplicada. Resolveu ir ele mesmo visitar três superfícies comerciais onde lhe confirmaram que o IVA tinha sido aletrado de 21% para 20% e que estava a ter reflexos. O resultado é que é tão infímo que praticamente não dá para nada. Ainda nos estão a dever 3% de IVA. Se bem me lembro (dizia Vitorino Nemésio), o IVA subiu de 17% para 19% no tempo do governo PSD e com a ascensão ao poder do governo Sócrates voltou a subir de 19% para 21%. Pequenas subidas, diremos todos nós. Afinal... O Paraíso é uma questão pessoal.

sexta-feira, 20 de junho de 2008



Lá se foi o Euro 2008. Ainda não foi desta. Desiludimo-nos. Os portugueses na Suiça devem estar de rastos com o resultado. As empresas de publicidade vão ver terminados os seus spots na tv e na rádio. Os nossos olhos e ouvidos vão (será que vão mesmo) ter descanso desse fenómeno que é o futebol.

A realidade é mais crua e virá agora a lume. Os combustíveis aumentaram. O gasóleo anda pelos 1.440€. mas parece que ninguém tinha dado por isso. Se virmos bem até o poder andava a gostar da bola. É que enquanto a malta se entretém nisso não pensa na dura realidade que é a vida portuguesa.

Mas está tudo bem. Já se fala no novo treinador para Portugal, no Mundial de 2010 e na candidatura conjunta de Portugal e de Espanha ao Mundial de 2018. Afinal... O Paraíso é uma questão pessoal.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A luz ao fundo do túnel



Existe uma frase feita e que é a seguinte: Há luz ao fundo do túnel. Parece ser verdade. Parecia... pois de há uns anos a esta parte fomos lendo notícias várias sobre a EDP. Uma primeira, adiantava que um dos administradores da EDP queria proceder a despedimentos de funcionários dando a respectiva indemnização. Estas verbas seriam depois repercutidas pelos clientes (nós) da EDP.

Na semana passada veio a lume que a EDP tem uma série de dívidas incobráveis. Qual é a solução que se vislumbra ao fundo do túnel? Nada mais, nada menos do que repercutir esse montante pelos clientes, que assim pagariam o que consumem e o que outros não pagam. Genial.

Hoje, mais uma lâmpada se acendeu ao fundo do túnel. Como os combustíveis estão sempre a aumentar e a luz já não é barata a ERSE acha justo que, de três em três meses, os tarifários sejam aumentados. Genial. Não se esqueçam de que esta ideia verdadeiramente original está a consulta pública até ao próximo dia 7 de Julho.

Não me lembro de ver os salários aumentados de três em três meses para estarem ao menos consentâneos com o valor da inflação.

Não me lembro de há 9 anos a esta parte ter observado um governo a avaliar correctamente a taxa previsível da inflação. E o que é mais interessante, avalia a taxa de inflação sempre em baixa.

Grande túnel. E a luz ao fundo do dito... Acham que desliguemos a luz lá no fundo do túnel ou recorremos ao direito à indignação?

Realmente O Paraíso é uma questão pessoal.

quinta-feira, 12 de junho de 2008



A noite parece ser boa conselheira. Esta frase feita funcionou mais uma vez. Foi de noite que os camionistas se reuniram na Batalha e decidiram terminar com o bloqueio tendo em conta as propostas governamentais. Noutras noites existiram encontros entre o Governo e a Antram no sentido de fazer andar as negociações.

A atitude dos camionistas pode ter sido lamentável mas uma coisa é certa. Se eles não têm tomado essa atitude ainda estariam certamente à espera de conclusões lá para as calendas gregas. Se há algo que funcione em Portugal parece ser um Governo sob pressão.

Parece ser verdade que O Paraíso é uma questão pessoal.



Dá que pensar. O chamado bloqueio dos camionistas durou três dias. durante este tempo os postos de combustíveis entraram em ruptura de stocks, faltou o "jet fuel" no Aeroporto de Lisboa, e alguns dos produtos nos supermercados começaram a falhar. Foram só três dias. Já imaginaram se estivéssemos perante uma catástrofe?

Isto quer dizer que não estamos preparados para nada deste género. Sem querer, este bloqueio forneceu preciosas indicações a quem costuma preparar planos de contingência, de emergência e outros que tais. Já sabemos que a polícia parece funcionar. Pelo menos ao fim da tarde de 3ª feira, dia 10 de Junho a polícia estava a vigiar os viadutos da A1 (entre Sacavém e o km 9). Mas a polícia não chega para resolver tudo. Mas que querem, o Paraíso é uma questão pessoal.

Véspera do Santo António. Estamos prontos para as sardinhas. muitos dos portugueses estão felizes. Afinal de contas Portugal ganhou por 3 a 1 à República Checa e acabou-se o bloqueio dos camionistas. Já não é necessário fazer figura de tolo ao ficar na fila para abastecer. Já basta quem precisava por motivos de trabalho mas estar longos minutos na fila para meter 7 (sete) euros de gasolina é preciso ser muito... português. Hoje de manhã não houve quem dissesse que estava orgulhoso por ser o primeiro a ter o seu posto de combustível já abastecido com o indispensável "ouro negro". Orgulho?? Mas orgulho de quê?
Vai para 20 anos, vai para mais, que eu não via estas filas longas de automóveis para meter gasolina. E isso acontecia quando o combustível aumentava 1$00 ou 2$00 e era uma gritaria. Agora, desce meio cêntimo e sobe 2 cêntimos duas vezes na mesma semana. O País está óptimo. Afinal... O Paraíso é uma questão pessoal.

quarta-feira, 11 de junho de 2008





A natureza "per si" proporciona tanta beleza e a grande maioria do ser humano é incapaz de parar e admirar um pouco do que a natureza é capaz de fazer. No entanto, hoje, pelas 10 h da manhã estavam oito ou nove condutores, de expresssões agastadas esperando para abastecer os seus veículos de combustível. Ao lado, a cerca de 4 metros estava uma loja a vender vasos com flores e nenhum deles olhava para a beleza dessas flores. Realmente para esses condutores "O Paraíso é uma questão Pessoal".

sexta-feira, 6 de junho de 2008




A Banda Desenhada é um mundo. Num desses mundos paralelos, quiçá virtuais, recolhi esta imagem nascida às mãos do saudoso Franquin. Para um bibliófilo, esta espécie de caverna representa o Eden.
Afinal...
O Paraíso é uma questão pessoal.