quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Castelo de Almourol - o lugar de alguns




Pois é. Cá estou eu de volta. É certo que incentivado por alguém que é destas bandas ou pelo menos tem o seu espírito a pairar por esta zona. A imagem não é minha mas acho que apanha a beleza do local, numa mescla de mistério e de desejo por saber mais e de ficar na zona. Será que há por aí uma casinha com um pedaço de terra? Bom, isso seria o paraíso e O Paraíso é uma questão pessoal.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aumento de Impostos

Pois é: Há cerca de um mês que eu dava sinal de vida mas esta semana foi agitada.
Pensemos e punhamos a memória a funcionar. Temos um primeiro-ministro que disse no Parlamento que não aumentava o IVA com um ar prazenteiro parecendo que brincava com o seu oponente. Questionado sobre aumento de impostos, ninguém, mas ninguém confirmava isso.
Mas num repente, entre duas rezas e uma missa papal, eis que surge a notícia de aumento do IVA em 1% e do IRS e IRC. Diz-se que é para o esforço de redução do défice. Mas qual esforço? Mas qual défice? Mas a situação está diferente do que estava há 3 anos?
Há 3 anos atrás muitos de nós viram os salários congelados durante 2 anos seguidos sempre com a desculpada redução do défice e onde é que a situação nos levou?
Veio a tal crise provocada pelas instituições financeiras e rapidamentes foram ajudadas e como recompensa os nossos bancos ganham somente 5 milhões de euros por dia. Nunca coitados, ganharam tão mal. Mas em plena crise não tiveram pejo em se agarra à Euribor e colocar as taxas num verdadeiro disparate, em mais de 5%. Depois é que começaram a descer?
Aliás já reparámos que quando existe a suspeita das rtaxas subirem os bancos sobem logo, logo o spread por antecipação mas quando há a suspeita das taxas descerem a antecipação some-se como que por artes mágicas. Aliás, o mesmo se passa com os combustíveis pois quando sobem a gasolina parece vir de avião mas quando é para descer quer-me cá parecer que a gasolina vem de barco.
A seguir ao 25 de Abril disseram aos nossos pais que a situação era difícil mas com a ajuda de todos os nossos filhos teriam uma vida melhor. Qual vida melhor? É que 36 anos depois continua tudo igual.
Veio o governo do prof. Cavaco Silva e chegou dinheiro da então CEE. Fizeram-se estradas, as IP e auto-estradas.
Resultados: a IP1 está por concluir tal como a IP2. A IP3 sabe Deus, a IP4 é um perigo e acumula dezenas de mortos, a IP5 foi uma estrada assassina tal a qualidade com que foi executada, a IP6 não está completa mas foi a que estava mais bem concebida. Não havia telefones de emergência nem bombas de gasolina ao fim de 10 anos. A Via do Infante ao fim de uma semana de uso abriu uma fenda de largas dezenas de metros de comprido o que obrigou ao seu encerramento.
O governo de António Guterres começou bem mas acabou torto.
Sucedeu o governo de Durão Barroso que antes de emigrar para a União Europeia fechou institutos e transformou umas fundações em outras o que não contribuiu em nada para aliviar a divída pública. A Ministra das Finanças aumentou o IVA, de forma provisória lembram-se, de 17% para 19%. Provisório até hoje. E vendeu a CREL por 300 milhões. O que era uma via rápida para tirar o trânsito de Lisboa começou a ser pago. bela medida mas estamos na Europa. Os espanhóis têm a M30 e a M40 em redor de Madrid gratuita e uma via rápida entre Madrid e Portugal. São 407 quilómetros. Gratuitos. Com cerca de 400 postos de abastecimento. Deste lado são de 30 em 30 km e a estrada é a pagar. Giro não é.
Chegou Sócrates e aumentou o IVA, provisoriamente lembram-se, de 19 para 21%. Salários congelados mas em 2009 tudo iria melhorar. Viu-se. Para que serviu esse esforço? Para dar avais aos bancos??? Reduziu o IVA de 21% para 20%. Aumentou os salários em 2,9%. E ainda houve ministros, já do presente governo, caso do Sr. Jorge Lacão, que teve o descaramento de dizer que o aumento foi muito bom dado que com a inflação negativa, o aumento real foi de 3,7%. Já não se lembra dos anos de salários congelados? Memória curta, pouca vergonha ou está a gozar?
Ontem, no meio de duas missas, confirmou o governo, depois de desmentir, que o IVA, IRS e IRC aumentavam.
Bons mentirosos que eles me saíram
O líder do PSD pediu desculpa mas que não era ele o responsável. Directamente não era mas julgo que o PSD esteve no governo de há 20 anos a esta parte. Foi criticado pelo PS, nomeadamente por Francisco Assis que acha que um político não tem nada que pedir desculpa. E um mentiroso pede desculpa, assobia para o lado ou não liga a nada e continua a mentir?
O Sr. Luís Delgado no programa da tarde da Antena1 disse que 1% do ordenado não é significativo. Esperemos que ele tenha essa mesma opinião quando for altura do aumento dos saláriosuma vez que 1% não é significativo.
O Sr. Primeiro-ministro na TV a dar o exemplo do leite e pão e coca-cola. Que episódio meu Deus. A dizer que tanto compra a coca-cola a pessoa que ganha menos como a que ganha mais. Quem ganha 4200 euros e compra 1 litro de coca-cola a 1 € é uma coisa e quem ganha 475 euros será a mesma coisa?
Dizem que estas medidas são provisórias, durando só até finais de 2011. Mentem tanto, mas tanto que alguém acredita nisto. Para aumentar é tão rápido mas para descer, Jesus, o choradinho que fazem.
A propósito gostei do Audi que levou o Papa em Lisboa, com a matrícula x-JD-xx. Carro novinho de finais de Abril ou já de Maio deste ano. Crise, qual crise?
O Paraíso é uma questão pessoal, mas este não é o meu paraíso mas antes o Inferno.

domingo, 11 de abril de 2010

O PEC do PSD segundo Miguel Frasquilho

Esta é de ontem e representa o subir (ou será descer???) de mais um degrau na chamada estabilidade e resolução da crise. Para ajudar a resolver a crise, o deputado Miguel Frasquilho não tem dúvidas que se terá que cortar uma percentagem dos ordenados dos funcionários públicos. Bom, parece que já sabemos o que vai ser parte do programa económico do PSD de Pedro Passos Coelho. É realmente deslumbrante a ligeireza com que se diz isto. Imaginemos os ordenados de cerca de 500 euros a serem cortados em 10%. Resta a soma fabulosa de 450 euros. Realmente são euros a mais para quem só trabalha 22 dias por mês, a 8 horas por dia. Grande medida sim senhor. Quando temos os ordenados mais baixos da Europa e a 5 gasolina mais cara, a luz 20% mais cara em relação ao resto da Europa, etc, etc, vemos alguém com este género de ideias. Para os custos e despesas estão sempre a par da Europa. Quando se fala nos benefícios e ordenados, bem, bem......... que tal as calendas gregas???
Lembro-me dos tempos pós-25 de Abril em que se dizia - aos nossos pais - que deviam apertar o cinto, para os filhos, terem uma vida melhor. Já repararam os senhores políticos que estão a dizer a mesma coisa ou seja, para os netos dos primeiros. Que valeram os 35 anos de intervalo entre estes dois discursos. E depois dizem que estamos cansados da política e dos políticos. Por que será????
Em outros países opta-se pela verdade dizendo a tempo e horas como está o país. Cá, em Outubro o défice era de 8% e num repente passa para os 9,3%. Mente-se tá rápido, tão bem.
Mente-se não, que em Inglaterra não há mentira, há a economia da verdade. Esta é uma expressão deliciosa.
Mas a verdade é só uma, entre a frigideira e o lume ou entre o PS e o PSD, o que escolher???
Definitivamente O Paraíso é uma questão pessoal e este não é o meu paraíso mesmo com desconto de 10%.

Desaparecimento de Jacques Martin



























Jacques Martin (25/9/1921 - 21/1/2010)
O mês de Janeiro foi terrível. Depois de Tibet, eis que desaparece Jacques Martins, o último gigante da banda desenhada mundial. Começa a trabalhar na BD em 1946, entrando em 1948 na revista Tintin onde desenha a partir desse ano a série Alix que já conta com 41 álbuns.
Em 1952, surge um outro herói, o jornalista Lefranc, um jornalista que defronta várias vezes o vilão Axel Borg num meio por vezes de ficção cientifica. Já sairam 24 álbuns deste herói com cerca de 20 milhões de ábuns vendidos.
Jacques Martins desenhou ainda, sozinho ou em parceria, a série O Mundo de Alix, desta feita, preocupado com a relação entre a Banda Desenhada e a educação dos jovens. Está a ser ultimado um álbum no tempo do Rei-Sol. Este álbum contará o trabalho profíquo do desenhador português Diferr e que mostrará Alcobaça, Batalha, Lisboa e Tomar. Tivemos o prazer de ver o trabalho relativo a Lisboa e que contém pormenores deslumbrantes de uma Lisboa anterior ao Terramoto. Para ver esta imagem que ainda está exposta é uma questão de nos dirigirmos ao Gabinete de Estudos Olisiponenses (GEO), na Estrada de Benfica, 368.
Mais um gigante da Banda Desenhada que desaparece do nosso convívio.
OBRIGADO JACQUES MARTIN. Fazes parte do meu paraíso e O Paraíso é uma questão pessoal. Vou para o meu paraíso ao reler Lefranc e Alix.





Desaparecimento de Tibet
















TIBET
(29/10/1931 - 3/1/2010)

Gilbert Gascard, cujo pseudónimo artístico é Tibet, nasceu em Marselha (França), mas emigrou cedo para a Bélgica, com apenas 4 anos de idade. A escola e os estudos aborreciam Tibet, e este passava, a maior parte do tempo, a desenhar tudo o que via à sua volta. Quando Tibet fez 13 anos, a sua mãe, grande admiradora e incentivadora do gosto e talento do seu filho para o desenho, enviou-o, acompanhado do seu caderno de banda desenhada, até junto de Hergé, a fim deste lhe dar algumas lições desta difícil, mas atraente arte.
Aos 16 anos, Tibet enriquece a aprendizagem e experiência desta exigente profissão, junto dos artistas Tenas e Rali, os quais juntos vão criar os estúdios Disney de Bruxelas, mantendo-se Tibet a trabalhar com eles. É junto dos escuteiros, ilustrando a vida nos acampamentos e, depois, nos estúdios Disney de Bruxelas, desenhando e reproduzindo as figuras de Mickey e de outras personagens, que Tibet desenvolve progressivamente os seus dotes artísticos.
Como todos os jovens desenhadores de banda desenhada, o sonho de Tibet é colaborar para a revista "Tintin" e, também, fazer parte da equipa que trabalha nas edições du Lombard. É assim que, após algum tempo a trabalhar nos estúdios Hergé, como assistente deste, Tibet dá por terminada a sua colaboração com o criador de Tintin, entrando, em seguida, para as edições du Lombard, através de um convite feito pelo editor Raymond Leblanc, iniciando aí uma longa e profícua carreira de desenhador, a qual continua, ainda, hoje em dia.
Em 1951, na redacção da edição belga do "Jornal do Mickey", Tibet conhece e trava amizade com um jovem autor de banda desenhada, o argumentista André-Paul Duchâteau, com quem inicia, desde logo, uma colaboração duradoura e uma carreira conjunta, vindo, ambos, a criar os dois famosos heróis "Ric Hochet" e "Chick Bill", embora Tibet, venha a trabalhar, também, com outros argumentistas, tais como Goscinny, Bob de Groot e Greg.
Ainda em 1951, Tibet trabalha, também, como ilustrador, na revista "Tintin" e no magazine flamengo "Ons Volske". Dois anos depois, em 1953, cria então, juntamente com Duchâteau, o primeiro daqueles dois famosos heróis: o cow-boy "Chick Bill", desenhado no estilo das personagens da Disney, cujas histórias são publicadas na revista "Tintin"; e o jornalista-detective "Ric Hochet", cujo primeiro álbum da série é, também, publicado na revista "Tintin", em 1955.
No entanto, Tibet tem também uma grande paixão pelas caricaturas, sendo estas uma das suas principais distracções e um dos seus passatempos preferidos. Assim, na década de 70, e durante, aproximadamente, 2 anos, Tibet desenha, para a revista "Tintin", várias caricaturas de personalidades célebres do mundo do espectáculo e não só (artistas de música e cinema, desportistas, políticos, cientistas, escritores, etc.).
Uma das imagens de marca de Tibet é a qualidade do seu traço fino e claro, caracterizado por um estilo leve, suave e alegre, ainda marcado pelas influências da Disney, assim como das linhas claras de Hergé, gostando, no entanto, de fazer também desenhos mais realistas. Hoje em dia, Tibet é uma referência e um modelo para muitos dos jovens artistas, os quais procuram imitar e seguir os exemplos e as experiências transmitidas pelos desenhos de Tibet.
Actualmente, Tibet ainda continua a assinar a ilustração das histórias dos heróis Chick Bill e Ric Hochet, séries que atingiram um sucesso tal, que já vão, cada uma delas, em 64 álbuns publicados!
(Contribuição de Alexandre Ribeiro )




Que dizer de um autor que nos habituámos a ter ao nosso lado, na nossa mesa, ao lado dos livros de estudo e que nos entusiasmou semanalmente quando saia a revista semanal Tintin. Tibet, como E.P. Jacobs, Hergé, Peyo, Morris, Goscinny, Uderzo, Franquin, Macherot, Jacques Martin e tantos outros são autores que trabalharam nas revistas Pilote e Tintin, adeptos e grandes representantes da escola franco-belga de banda desenhada (quase todos). Quando temos a desagradável surpresa de nos confrontarmos com uma notícia deste género é um pouco de nós que morre. Estar triste é dizer nada quando soube da morte de Tibet. Habituei-me a ler Ric Hochet e ser surpreendido pela morte dele é..... nem sei bem o que é, mas foi terrível para mim. Comecei há uns tempos a comprar as edições francesa de Ric Hochet na sua versão integral. Vou honrá-lo lendo de novo as suas aventuras. Aproveito para lembrar o desenho fecundo de Tibet que tem publicados, na série de aventuras Ric Hochet, 88 álbums enquanto que a mesma série nos seus integrais já tem 19 tomos. Este herói apareceu em 1955, já vão uns anitos. Já ChicK Bill, uma BD de western que teve um pouco menos aceitação entre nós surgiu em 1953 e actualmente tem 70 álbuns publicados.


OBRIGADO TIBET. O Paraíso é uma questão pessoal. Ao ler-te, estou no meu paraíso.


Veja este link: http://www.bedetheque.com/auteur-1791-BD-Tibet.html








Enorme aumento dos funcionários públicos

Mais antigo que as declarações do Sr. Ministro das Finanças temos, entre algumas ameaças de fim do mundo se o Orçamento de Estado 2010 e depois o PEC não fosse aprovado (género ou nós ou o caos) o Sr. Ministro Jorge Lacão, Ministro dos Assuntos Parlamentares disse que os funcionários públicos tinham tido em 2009 um enorme aumento de 3,7%, se somarmos o aumento real e a inflação negativa. Logo era um aumento enorme. Mas não se lembro de dizer que nos anos anteriores, o Primeiro Ministro José Sócrates tinha congelado os ordenados dos funcionários públicos. Se fossemos somar as perdas então o Estado ainda nos está a dever cerca de 9%, contas feitas por baixo. Mas a classe dita política não se lembra, acha-se esperta ou julga que somos parvos ou desmemoriados? A vergonha devia ser dada numa qualquer cadeira de qualquer curso. Enfim, assim sabiam o que era. Esta não é a minha visão de mundo sendo certo que O Paraíso é uma questão pessoal.

Quem é que paga a factura?



Já se passou algum tempo. Tive que fazer e também uma crise de preguiça mas prometi a mim mesmo protestar desta forma no que concerne a uma frase que foi dita pelo Sr. Ministro Teixeira dos Santos na rádio no passado dia 10 de Março. Massou exactamente um mês mas quando foi questionado sobre se seria de novo a classe média a pagar a crise, o Sr. Ministro disse "Então quem é que há-de pagar a crise?"
Certamente não serão os mais desfavorecidos a pagar a crise e a classe média até já está habituada a dar um passo em frente (sempre coagida é certo) e paga alegremente a crise. Mas o problema é que já estamos a ficar aborrecidos de sermos sempre chamados nestas alturas.
Pela parte que me toca não fui chamado para andar de Mercedes ou de BMW, nunca me chamaram para me dar ajudas de custo por trabalhar fora do distrito nem para almoçar por conta, nem para ir em representação da Nação a algum País. Tão pouco estive numa inauguração que custou 50.000 euros. Enfim, aquelas coisas que alegram todos. Agora para pagar somos todos nós. O Sr. Ministro não acha que já é demais e que já começa a aborrecer ser sempre o mesmo. O Raul Solnado dizia que a festa foi bonita mas agora vem aí a conta. Pague a conta quem foi à festa pois eu não me está a apetecer. Sei que O Paraíso é uma questão pessoal mas esta não é a minha visão ideal de paraíso.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Comemorações dos 850 anos de Tomar

Li o programa das comemorações. Na frente do convite foi impresso, a seguir ao logotipo uma pequena frase: "A Herança dos Séculos". Posta assim, é uma frase apelativa, chamativa e que parece que vai atrair as pessoas às várias iniciativas. O que acho menos bem consegido é estar no site os dotes. Dotes será para quem casa e não para quem herda.
Um outro pormenor que parece estranho é a falta de localização de algumas das chamadas heranças. Largam-se os pombos onde (Heranças de Paz)?
Onde vão realizar as diversas evocações religiosas dos cultos existentes ao Vale do Nabão 8caso da Herança de Fé). A maneira como está escrita é estranha e que evocações serão essas?
Vai-se realizar um almoço (Heranças da Idade Média) onde, com quem e que preço, se é a pagar?

E neste programa de comemorações acrescentam-se outras datas. Sendo algumas interessantes, todas elas servidas por atacado parecem representar um sacrificio. E aquela de comemorar os 300 anos de visita de D. João V a Tomar parece estranho pois ele veio outras vezes e também se irá comemorar essas outras datas? E onde está a comemoração da classificação da Igreja de Santa Maria do Olival que também faz 100 anos? Esta não tem direito mas para outras coisas já é considerada, nomeadamente para a estragar? Bom, O Paraíso é uma Questão Pessoal mas este paraíso...

Rol de Comemorações:
700 anos do foral de D. Dinis
550 anos da morte do Infante
500 anos do Foral Novo de D. Manuel
300 anos da Visita de D. João V a Tomar
200 anos das III Invasões Francesas
100 anos da classificação do Castelo Templário como Monumento Nacional.
100 anos da classificação da Igreja de Santa Maria do Olival como Monumento Nacional (acrescento eu)
100 anos da República (este acrescento eu)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Comemorações dos 850 anos de Tomar


Estamos quase a chegar ao dia 1 de Março e com ele chegam as comemorações dos 850 anos de Tomar.
O programa oficial pode ser consultado no site oficial da autarquia:
Obviamente que se presta à primeira vista a ser comentado e é o que farei mas não agora pois tenho que o ler e reler. Sim, pois......... ah sim, O Paraíso é uma questão pessoal.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Política, orçamento de Estado de 2010

Pois é. Ando preguiçoso no que toca ao blog. Mas ontem vi o Prós e Contras. Fiquei feliz quando vi o governante socialista Jorge Lacão falando a propósito de um alegado aumento dos funcionários públicos. A minha felicidade foi tanta mas tanta que julguei que estava perto da Alice, sabem aquela que contracena naquele livro, Alice no País das Maravilhas. Afinal em 2009 os funcionários públicos foram aumentados em 2,9% e como a inflação foi negativa na ordem dos 0,8%, quer dizer que os funcionários públicos tiveram um aumento de 3,7%. Pois, feitas as contas dessa maneira parece que tem razão, ó Alice. mas será que a memória ds governantes é pequena ou é a vergonha que não tapa os pés? Será que o governante socialista Jorge Lacão se esqueceu que Sócrates congelou os salários durante 2 anos e que antes dele também Ferreira Leite tinha feito algo semelhante? Mas o poder não tem vergonha? Quem fez as contas diz que nos últimos anos do governo central - entenda-se, dos governos PS e PSD - a função pública perdeu 15% do poder de compra. Agora toca a congelar para, talvez em 2013, existir uma subida extraordinária. Coincidência será ano de eleições.

O Sr. Ministro das Finanças acaba em directo na TV de dizer que o défice em 2009 foi de 9,3%. Quando a oposição falou que o défice seria de mais de 8%, o governo sempre alegou que não era bem assim. Afinal..... olha não é que o défice subiu para lá dos 8%. E até dos 9%.

Fez-se um orçamento rectificativo mas não tinha esse nome. O governo chamou-lhe de orçamento redestributivo. E o pior é que a malta do poder aprendeu toda no mesmo sítio. Falaram durante a propaganda eleitoral que..... FALAR VERDADE. Mas nunca se fala verdade. Tá bem, os políticos ingleses têm um termo para isso que é a a economia da verdade. Mas já estamos fartos de tanta economia deste género. Que tal gastarem um tempo a falar e a agir de uma maneira verdadeira?

Pode ser o deles mas certamente este não é o meu paraíso. E O Paraíso é uma Questão Pessoal.


domingo, 3 de janeiro de 2010

Ano Novo com um saco cheio de prendas de 2009




Dá que pensar a mensagem do Sr. Presidente da República. Segue abaixo o texto retirado do site oficial da P. da R.


"Boa Noite,
No início deste novo ano, saúdo todos os Portugueses, onde quer que se encontrem, e desejo-lhes as maiores felicidades para 2010.
Há precisamente um ano, quando falei ao País, referi que 2009 iria ser um ano muito difícil.
Acrescentei, na altura, que receava o agravamento do desemprego e o aumento do risco de pobreza e exclusão social.
E disse também que Portugal gastava em cada ano muito mais do que aquilo que produzia.
Quando proferi estas palavras, não o fiz com um propósito político. Enquanto Presidente da República estou acima do combate político e partidário.
Falo aos Portugueses quando entendo que o interesse do País o justifica e faço-o sempre com um imperativo: nunca vender ilusões nem esconder a realidade do País.
Em nome da verdade, tenho a obrigação de alertar os Portugueses para a situação difícil em que o País se encontra e para os desafios que colectivamente enfrentamos.
Ao longo do último ano, o desemprego subiu acentuadamente, atingindo, no terceiro trimestre, 548 mil pessoas. Quase 20% dos jovens estavam desempregados.
A todos aqueles que, no último ano, perderam o seu emprego ou não conseguiram retomar uma actividade profissional, quero deixar uma palavra de conforto, mas também de esperança. Não percam a coragem.
Mas o desemprego não é o único motivo de preocupação.
A dívida do Estado tem vindo a crescer a ritmo acentuado e aproxima-se de um nível perigoso.
O endividamento do País ao estrangeiro tem vindo a aumentar de forma muito rápida, atingindo já níveis preocupantes.
Acresce que o tempo das taxas de juro baixas não demorará muito a chegar ao fim.
Se o desequilíbrio das nossas contas externas continuar ao ritmo dos últimos anos, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos, ficará seriamente hipotecado.
Quando gastamos mais do que produzimos, há sempre um momento em que alguém tem de pagar a factura.
Com este aumento da dívida externa e do desemprego, a que se junta o desequilíbrio das contas públicas, podemos caminhar para uma situação explosiva.
Portugal tem de juntar todas as suas forças para inverter esta situação.
Não podemos continuar a ser ultrapassados, em termos de nível de desenvolvimento, por outros países da União Europeia.
De acordo com os indicadores mais recentes, Portugal já baixou para a 19ª posição, estando apenas à frente de oito países da Europa de Leste que aderiram há poucos anos à União.
Tempos difíceis são tempos de maior exigência e de elevada responsabilidade. Para todos, é certo, mas ainda de maior exigência e responsabilidade para os detentores de cargos públicos.
O exemplo deve vir de cima.
O País real, que quer trabalhar, que quer uma vida melhor, espera que os agentes políticos deixem de lado as querelas artificiais, que em nada resolvem os verdadeiros problemas das pessoas.
É tempo de nos concentrarmos naquilo que é essencial, com destaque para o combate ao desemprego.
Não é tempo de inventarmos desculpas para deixarmos de fazer o que deve ser feito.
Estamos perante uma das encruzilhadas mais decisivas da nossa história recente. É por isso que, em consciência, não posso ficar calado.
Em face da gravidade da situação, é preciso fazer escolhas, temos de estabelecer com clareza as nossas prioridades.
Os dinheiros públicos não chegam para tudo e não nos podemos dar ao luxo de os desperdiçar.
Recordo o que tenho vindo insistentemente a defender.
Nas circunstâncias actuais, considero que o caminho do nosso futuro tem de assentar em duas prioridades fundamentais.
Por um lado, o reforço da competitividade externa das nossas empresas e o aumento da produção de bens e serviços que concorrem com a produção estrangeira.
Por outro lado, o apoio social aos mais vulneráveis e desprotegidos e às vítimas da crise.
É uma ficção pensar que é possível conseguir uma melhoria duradoura do nível de vida dos portugueses sem o aumento da produtividade e da competitividade da nossa economia.
O reforço da competitividade depende, desde logo, da confiança e da credibilidade das nossas instituições, nomeadamente do sistema de justiça e da Administração Pública.
Devemos apostar, por outro lado, em políticas públicas que promovam uma educação exigente e uma formação profissional de qualidade, que fomentem a inovação, que incentivem os investimentos das empresas no sector dos bens e serviços que concorrem com a produção externa.
Cerca de noventa e cinco por cento das nossas empresas têm menos de vinte trabalhadores.
Sendo esta a estrutura do nosso tecido produtivo, o contributo das pequenas e médias empresas é decisivo para a redução do desemprego e para o desenvolvimento do País.
Às instituições financeiras, por seu lado, exige-se que apoiem de forma adequada o fortalecimento da capacidade das pequenas e médias empresas para enfrentarem a concorrência externa.
Se o Estado tem a responsabilidade de garantir a estabilidade do sistema financeiro em períodos de turbulência, os bancos têm a responsabilidade social de garantir que o crédito chega às empresas.
Nos últimos tempos, temos ouvido muitos apelos para que o Presidente da República intervenha activamente na vida política.
No entanto, na lógica do nosso sistema constitucional, não compete ao Presidente da República intervir naquilo que é o domínio exclusivo do Governo ou naquilo que é a actividade própria da oposição.
Portugal dispõe de um Governo com todas as condições de legitimidade para governar, um Governo assente numa maioria relativa conquistada em eleições ainda há pouco realizadas.
O novo quadro parlamentar, aliado à grave situação económica e social que o País vive, exige especial capacidade para promover entendimentos da parte de quem governa, a que deve corresponder, por parte da oposição, uma atitude de diálogo e uma cultura de responsabilidade.
Os Portugueses compreenderiam mal que os diversos líderes políticos não se concentrassem na resolução dos problemas das pessoas e que não empenhassem o máximo do seu esforço na realização de entendimentos interpartidários.
Neste contexto, a difícil situação das nossas contas públicas lança um desafio de regime aos partidos representados no Parlamento.
Os custos da correcção de um desequilíbrio das finanças públicas podem ser dramáticos, como o demonstram os exemplos de outros países da União Europeia.
Importa ter presente que Portugal tem já um nível de despesa pública e de impostos que é desproporcionado face ao seu nível de desenvolvimento.
Assim, seria absolutamente desejável que os partidos políticos desenvolvessem uma negociação séria e chegassem a um entendimento sobre um plano credível para o médio prazo, de modo a colocar o défice do sector público e a dívida pública numa trajectória de sustentabilidade.
O Orçamento do Estado para 2010 é o momento adequado para essa concertação política, que, com sentido de responsabilidade de todas as partes, sirva o interesse nacional.
Não devemos esperar que sejam os outros a impor a resolução dos nossos problemas.

Portugueses,
Neste ano de 2010, iremos celebrar o centenário da República.
Vamos fazê-lo numa conjuntura que é de grandes dificuldades. Mas, precisamente por isso, temos de perceber que a nossa crise não é apenas económica.
É, também, uma crise de valores.
Há que recuperar o valor da família. O esbatimento dos laços familiares tem sido um dos factores que mais contribuem para agravar as dificuldades que muitos atravessam.
Devemos também valorizar a prática do valor da ética republicana. A ética nos negócios, nos mercados e na vida empresarial, mas também na vida pública, tem de ser um princípio de conduta para todos.
Temos também de restaurar o valor da confiança nas instituições e na justiça. Os Portugueses têm de acreditar que existe justiça no seu País, que ninguém está acima da lei.
Sei que a grande maioria dos magistrados se empenha, séria e discretamente, em fazer bem o seu trabalho.
Neste primeiro dia do ano, importa reafirmar o valor da esperança. Repito aos Portugueses o que lhes disse há precisamente um ano: não tenham medo.
Possuímos uma longa História de que nos orgulhamos, porque no passado não tivemos medo.
E aqui estamos hoje, um Estado democrático que faz parte de uma Europa Unida.
Aqui estamos hoje, em 2010, porque acreditámos em nós próprios e num destino chamado futuro.
Em nome desse futuro, temos de continuar a lutar.
O combate que travamos por Portugal é feito em nosso nome e em nome dos nossos filhos.
Eu acredito em Portugal. Por isso, continuarei a lutar pelo futuro desta nossa terra.
No meio de tantas incertezas, os Portugueses podem ter uma certeza: pela minha parte, não desistirei e nunca me afastarei dos meus deveres e dos meus compromissos.
A todos, um Bom Ano de 2010. "


Parece que se conseguem observar preocupações no que concerne às contas públicas, ao défice, à crise do modelo familiar. Mas há alguém que não veja que isto foi uma forte crítica ao estado de coisas? É verdade que O Paraíso é uma questão pessoal mas este não será de certeza o meu paraíso. Mas é seguramente o Inferno de todos nós se continuar este estado de coisas.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Já chegou o 2010 com um saco de problemas vindo de 2009












Bom Ano

Haja saúde, alegria, amor e paz. Será pedir muito algum dinheiro na carteira? Parece que vai ser pedir muito. SÓ temos 2 milhões de pobres dizia-se logo pela manhã na rádio. Para um País que tem cerca de 10 milhões de habitantes, o que são uns míseros 20% da população viver em pobreza: Querem ver que o celebrado madeiro de Natal vai começar a ser um elemento necessário nas casas de quem menos tem? Pois parece que sim. E no entanto este madeiro é recordado com saudade pois representa a nossa meninice naquilo que ela deu de melhor. Esta imagem mostra o madeiro a arder em Mação, frente à igreja matriz pelas 17 horas de hoje. quase ninguém na rua, não pelo frio que ainda não se fazia sentir mas porque estamos num período em que parecemos apreciar a companhia dos nossos familiares.

Pelas 18.20 de hoje, este era o aspecto de Tomar. As ruas da cidade estavam vazias de gente. Esperemos que no próximo dia 4, todas as ruas fervilhem de pessoas para que a ideia de retoma ou de recuperação do concelho de Tomar comece a ser uma realidade. É preciso é que todos ajudem e não esteja cada um a remar para seu lado.

Às 21 horas de hoje o Sr. Presidente da República anunciou a sua mensagem de Ano Novo. Nela foi bastante incisivo para que com o rumo preocupante que a divída pública está a tomar. Cada um dos partidos políticos está a emitir a sua posição estando o Partido Socialista a assobiar para o lado. Enfim, O Paraíso é uma questão pessoal.