quarta-feira, 16 de julho de 2008

Aumentos salariais: desculpe não percebi?


O governador do Banco de portugal referiu ontem que não devem existir aumentos salariais pois se estes existirem a inflação ainda irá disparar mais. poderá até ter razão mas convém lembrar-lhe que nos últimos nove (9) anos os aumentos salariais estiveram sempre em dissonância com a taxa efectiva da inflação. Esta situação ocorreu tanto durante a vigência dos governos PSD como nos governos PS. pergunta-se onde esteve nessa altura o sr. Governador do Banco de Portugal pois poderia e deveria ter comentado publicamente tais situações mas julgo que não o fez. Parece ser moda o povinho estar a pagar a crise. E a crise ora é nossa, ora vem dos EUA. O certo é que passamos o tempo a apertar o cinto. Não me lembro de ouvir o sr. Governador do Banco de Portugal a mencionar o facto de que as taxas de referência do Banco Central Europeu estão altas para Portugal. A imprensa fala da reação do presidente francês no que concerne a esta subida das mas omite discursos idênticos por parte do sr. Governador do Banco de Portugal.
Disse o nosso Primeiro-Ministro que se não fossem as reformas efectuadas pelo presente governo então é que o País estaria mesmo muito mal. A julgar pelo discurso do Dr. vítor Constâncio, o país está muito mal ou para lá caminha. Já repararm que há anos a fio que nunca temos uma boa notícia. Enfim, O Paraíso é uma questão pessoal.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tela de Watteau "La Surprise" redescoberta e leiloada


Esta é daquelas notícias que dá prazer em divulgar. Uma obra de arte, ainda para mais de um artista de renome e que tinha sido dada como desaparecida foi redescoberta. O valor de Watteau em leilões não pára de subir o que leva à conclusão que o mercado (legal) da arte não perece estar em crise. O texto abaixo foi retirado do site AEIOU. Felizmente O Paraíso é uma questão pessoal.

"Quadro de Watteau bate recorde em leilão A tela "La Surprise", de Jean-Antoine Watteau (1684-1721), dada como desaparecida desde 1848, foi comprada terça-feira por mais de 15 milhões de euros, batendo o recorde por uma obra de pintor francês vendida em leilão, informou a Christie's.«Trata-se não apenas de uma das redescobertas mais extraordinárias destes últimos anos, mas igualmente da tela de um grande mestre francês, que atingiu o preço mais elevado já pago num leilão», referiram em comunicado Richard Knight e Paul Raison, responsáveis da famosa casa de leilões. O recorde por um Watteau em leilão pertencia desde 13 de Dezembro de 2000 a "Conteur", pelo qual foram pagos mais de 3 milhões de euros. "La Surprise" foi pintada em 1718 e fazia par com "L'Accord parfait". Os dois quadros tiveram como primeiro proprietário Nicolas Henin, um conselheiro do rei e amigo de Watteau. Os quadros terão sido vendidos separadamente em 1756 pelo herdeiro de Henin, que publicou uma gravura de cada um. "L'Accord parfait" está actualmente em exposição num museu de Los Angeles, mas "La Surprise" mudou de mãos várias vezes e foi dada como desaparecida entre 1770 e 1848, anos de agitação revolucionária. Incluída em 1764 no catálogo de um coleccionador que era dela proprietário, a obra era apenas conhecida pela gravura e por uma cópia que figurava na colecção real inglesa, no Palácio de Buckingham, em Londres. O original apenas foi descoberto no ano passado, no salão de uma casa de campo britânica, por um perito que ali se deslocara para examinar uma outra tela.
JC, ontem às 16:56com Lusa"

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Clientes da EDP a pagar as dívidas dos outros


Caros Concidadãos e amigos,

Esta malta pretende pôr os cidadãos comuns, bons e regulares pagadores, a pagar as dívidas acumuladas por caloteiros clientes da EDP, num total de 12 milhões de euros e, para o efeito, a entidade reguladora está a fazer uma consulta pública que encerra em meados de Julho. Em função dos resultados desta consulta será tomada uma decisão. Esta consulta não está a ser devidamente divulgada nem foi publicitada pela EDP, pelo menos que se saiba.

A DECO tem protestado, mas o processo é irreversível e o resultado desta consulta irá definir se a dívida é não paga pelos clientes da EDP. A DECO teme que este procedimento pegue e se estenda a todos os domínios da actividade económica e a outras empresas de fornecimento de serviços (EPAL, supermercados, etc.).

Há que agir rapidamente. Basta enviar um e-mail com a nossa opinião, o que também pode ser feito por fax ou carta mas não tenhos os elementos.
Peço que enviem o mail infra ( o endereço de e-mail é: consultapublica@erse.pt) e divulguem o mais possível, para bem de todos nós cumpridores.

Sugiro um texto tipo para fazer a reclamação:

" Exmos. Senhores:

Pelo presente e na qualidade de cidadão e de cliente da EDP, num Estado que se pretende de Direito, venho manifestar e comunicar a Vªs Exªs a minha discordância, oposição e mesmo indignação relativamente à "proposta" – que considero absolutamente ilegal e inconstitucional – de colocar os cidadãos cumpridores e regulares pagadores a terem que suportar também o valor das dívidas para com a EDP por parte dos incumpridores.

Com os melhores cumprimentos, "
Já há uns tempos queriam despedir trabalhadores da EDP dando-lhes indemnizações e estes custos deveriam ser diluídos pelos clientes da EDP. Passou-lhes esta ideia peregrina. Mas tenho vontade de repartir os custos que estou a ter a mais com o empréstimo da casa motivado pelo aumento das taxas de juro. Assim peço à EDP, ao banco de Portugal, ao Governo de Portugal que aceite pagar a sua quota parte destes custos. Isto é saber gerir. Assim, sim, O Paraíso é uma questão pessoal.

Esta é a representação da Vaidade (Vanitas)Pieter Claesz (1597-1661). Foi executada em 1630. Se calhar poderíamos antes colocar como título O Português depois de pagar os impostos e os pequenissimos aumentos que se deram em Portugal nos últimos seis meses. Os transportes já aumentaram duas vezes e tem lógica que subam mas essa lógica não se reflecte no aumento da massa salarial. O aumento foi de 2,1% para o ano civil de 2008. Foi um aumento tabelado pelo governo. E de há oito ou nove anos os aumentos dos salários, tendo em conta a inflação, estão sempre desfasados da realidade. Mas o que se passa com os governos em Portugal? Não se é capaz de efectuar os cálculos de uma maneira correcta? Não são capazes de falar verdade aos portugueses? Porque será que os políticos ficam com aquele ar de espanto quando lhes dizem que os portugueses já não acreditam nos políticos? Talvez se se enganassem menos e falassem verdade a situação fosse diferente.


O IVA desceu mas no Banco Central Europeu ou BCE como é vulgarmente conhecido não se conhece o vocábulo descer. Devemos pois oferecer o último grito da tecnologia: a calculadora. Os especialistas estão convictos de que a taxa de referência vai aumentar 25 pontos. Aliás a única coisa que se conhece do BCE é a palavra aumentar. Os EUA estão mal, aumenta-se a taxa de referência; existe inflação, logo aumenta-se a taxa de referência; a França constipou-se e aumenta-se a taxa de referência. Até agora a inflação na zona Euro não dá mostras de abrandar e há não sei quantos meses que o BCE anda a aumentar a taxa de referência para abrandar ou parar com a subida da inflação. O que valeu até agora estas mexidas na taxa Euribor. Para o comum dos mortais rigorosamente nada. Os países do Sul da Europa já dizem que se deve ter calma com as subidas constantes das taxas de juro. Mas logo a seguir fala-se da independência do poder económico. Tem piada dantes não se dizia que o poder político subordina os outros poderes? Agora o que vale é o poder económico? Afinal... O Paraíso é uma questão pessoal.

O sr. ministro da Economia, dr. Manuel Pinho não se contentou em telefonar a alguém para saber se a nova taxa do IVA estava a ser correctamente aplicada. Resolveu ir ele mesmo visitar três superfícies comerciais onde lhe confirmaram que o IVA tinha sido aletrado de 21% para 20% e que estava a ter reflexos. O resultado é que é tão infímo que praticamente não dá para nada. Ainda nos estão a dever 3% de IVA. Se bem me lembro (dizia Vitorino Nemésio), o IVA subiu de 17% para 19% no tempo do governo PSD e com a ascensão ao poder do governo Sócrates voltou a subir de 19% para 21%. Pequenas subidas, diremos todos nós. Afinal... O Paraíso é uma questão pessoal.