quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dizem que há restaurantes a mais

Já não escrevo nada desde o 1 de Maio. Dizia então que devia estar na Lua. Afinal alguém deve estar na Lua mas não devo ser eu.
Os partidos da maioria acharam por bem aumentar o IVA na restauração e assim lá passou o imposto para 23%. Os empresários do sector dizem que é uma loucura. A verdade é que se observa menos gente a frequentar os restaurantes, fruto da crise e, se calhar, do aumento do IVA.

Durante a discussão do Orçamento de Estado a maioria que suporta o Governo pela boca do deputado do PSD Virgílio Macedo veio a terreiro dizer que afinal a medida está consentânea pois como havia restaurantes a mais... Mas o que é isto???  Para um partido (PSD) que se diz liberal, e que os empresários devem ter iniciativa procede desta maneira se há muita gente com iniciativa. Realmente que falhos de argumentos que andam. Só temos a certeza de uma coisa. Não fizemos nada, não temos nada e ainda nos esbulham o pouco que temos. Queremos mesmo estes políticos para quê?? Até podemos reduzir despesas se os despacharmos em regime de imigração.

O Paraíso é uma questão pessoal e definitivamente o País neste estado e com estes deputados não é o meu paraíso.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Tou na Lua...eu ou eles???


Num dia em que se comemora o 1º de Maio, reparamos que muitos dos nossos políticos parece que andam na Lua, a avaliar as intervenções que têm tido. No estrangeiro observamos o nosso ministro das Finanças a dizer que os Portugueses estão prontos a fazer sacrifícios em prol do País. O problema é que os sacrifícios parecem não ter fim e já duram há demasiados anos. Somos aqueles que foram objecto de comunicação em tempos dos nossos pais dado que eles deveriam fazer sacrifícios para que nós tivéssemos um futuro melhor. Está a ver-se o futuro. Será que ouviram aquela canção de Jean-Michel Jarre em Destination Docklands com o sugestivo título Revolutions:

"Human, not human
Freedom, no freedom
Change, no change

  Revolution

Employment, no employment
Choice, no choice
Memory, no memory

Revolution
Revolution

Sex, no sex
TV, no TV
Future, no future

Revolution

Computer, no, no computer
Sex, no, no, no sex
Memory, no, no, no memory

Revolution

Choice, no choice
Freedom, no, no freedom
TV, no, no, no TV
Change, no, no change

Revolution

domingo, 8 de abril de 2012

Ovo? Ovo, aliás, ouço cortes salariais

Em dia de Páscoa, lá estava eu a pensar em ovos de chocolate quando de repente me veio à memória o lapso, perdão, a ideia de que estava a ser enganado por quem nos governa. É verdade que os sentidos podem proporcionar-nos enganos de ordem vária. Lembro-me por exemplo, de ver o nosso primeiro-ministro dizer que a função pública ganhava, em média, mais 10 a 15% do que os privados.
Também me lembro de ter ficado estupefacto com a  ideia. Podia lá ser. Se desde os tempos do Guterres se enganavam com a inflação (Guterres, Barroso, Santana Lopes, Sócrates 1 e Sócrates 2) ou davam os aumentos inferiores à verdadeira inflação a que se associavam os salários congelados com Sócrates e agora com Passos Coelho, como diabos é que se ganhava mais. Mas Passos Coelho continuava a achar que sim e então ajudou à festa com a história dos cortes salariais até 10%. E como achou pouco vá de sacar os subsídios de férias e de Natal de 2 anos ou, por lapso, de 3 anos. [A propósito um lapso dito mais do que uma vez é um relapso??????]. Diz o Correio da Manhã de hoje que no total o governo vai aos bolsos dos funcionários públicos em cerca de 8500 euros. E justificou como se pode ver num vídeo de 5/11/2011(http://www.youtube.com/watch?v=-apb9myow5o&feature=player_embedded) já realizado há algum tempo. Mas quem será o génio que lhe sussurra tais comentários?

E logo 8500 euros no total. Também, o que é essa quantiazita. Nada, do ponto de vista de um Catroga que recebe cerca de 50.000 mensais lá na EDP. Ele até parece que disse que eles (os que ganham) são os melhores e é por isso que ganham tal quantia. Deve ser por isso que eles (os tais que ganham) já estiveram no governo. Viu-se. VIU-SE. E vão 30 anos de paródia. Dado que O Paraíso é uma questão pessoal, este género de paródia não se adequa ao meu paraíso.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Lapso do Governo


Hoje não resisti e tive que enviar a quem me pareceu melhor este pequeno texto, devido ao facto de serem o sustentáculo parlamentar do Lapso, perdão, do Governo.


Exmos Senhores Deputados do Grupo Parlamentar do PSD



Depois de ontem ter tomado conhecimento das diáfanas palavras do nosso primeiro-ministro só me faltava ouvir, através da TSF, e pausadamente, o senhor ministro das finanças.



Em resposta a um parlamentar socialista, ouvi-o perorar sobre um livro interessante A Queda de um Anjo, escrita em 1866, por alguém que infelizmente se suicidou. Há, no entanto, mais livros interessantes. Estou a pensar em Pinocchio, escrito em 1883 por Carlo Collodi. Vejam que é uma obra com 129 anos mas que continua tão actual.



E que dizer de uma revista absolutamente fantástica, de nome A Paródia, publicada a partir de 17 de Setembro de 1900. Já ontem falei dela (por mail) ao senhor deputado Jorge Moreira da Silva. Aliás, esta obra em sete volumes deveria ser de leitura obrigatória entre os membros do Parlamento e, porque não, no seio do governo. É herdeira d’O António Maria, outra pérola da sátira e com comentários verdadeiramente certeiros e corrosivos. Esta surgiu em 1879 (série 1 entre 1879-1885 e série 2, de 1891-1898).



E, se nos voltarmos de novo para a palavra escrita, pois temos que dar o valor à palavra escrita, como dizia hoje, no Parlamento……  (desculpem, estava a pensar de uma forma pausada)….,  o nosso ministro das finanças, então devemos reler As Farpas, essa obra de erudição, datadas de 1871-1883.



Se calhar, a leitura destas obras – bem sei que entre todas as aqui referidas só o Pinóquio e As Farpas estão no circuito comercial -, no período  pascal que hoje se inicia e isto se não estiverem a trabalhar, certamente vos faria reflectir sobre o mundo e o País em que vivemos, o modo como tratamos o nosso semelhante, a postura que nos deve orientar, as inverdades que nos devemos abster de dizer quando falamos para um público mais vasto, do género nação portuguesa.



Com os meus cumprimentos

Como O Paraíso é uma questão pessoal, estar n'A Paródia é o meu eden.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Economia... da verdade?

POLÍTICOS, disse ele. Olhem o que eu faço aos que se esquecem de me dizer a verdade.
Sinto-me Irritado. Muito irritado. Extremamente irritado. Danado. Mas que raio de políticos temos nós?
Não conhecem aquelas frases clássicas tipo À Mulher de César não chega ser séria, tem de parecê-lo.
Por outras palavras, por muito sérios que sejamos não chegam proclamarmos tal aos quatro ventos. Temos que agir como tal.

Acontece que estou, que estamos fartos que nos mintam. Falam sempre do governo anterior mas continuam a mentir, dizendo algumas vezes que se enganaram, que pedem desculpa. Mas seguem em frente depois de mentir.

Se nos lembrarmos nos tempos de Guterres as previsões da inflacção estavam sempre erradas. Mas sempre contra as pessoas.


Depois veio Durão Barroso que disse que a culpa era do governo anterior mas pouco tempo depois saiu de mansinho.

De seguida chegou Santana Lopes e  eis que brilhantes medidas foram tomadas como aquela que vendeu a CREL em Lisboa por 300 milhões. Os espanhóis têm 3 circulares externas em Madrid gratuitas e nós passamos a ter uma mas a pagar pois somos finos. De caminho mexeu-se no IVA pois este estava com uma taxa miserável de 17% e então toca a passá-lo para 19% alegando que quando isto estivesse melhor desceria. É o desce que provoca urticária.

Chegado ao poder, Sócrates enganou a malta, subiu o IVA para 21%. Algumas mentiras depois sai. Mas só sai depois de ter que chamar a Troika. O PSD alinhou depois de ter conseguido, juntamente com os outros partidos, de deitar abaixo o governo vigente.

Chega ao poder o PSD aliado ao CDS. Já sabiam onde tirar as gorduras ao Estado. Viu-se. Os subsídios de férias e de Natal desapareceram. Por dois anos, 2012 e 2013. Mas como se está a ver o filme parece que a tinham fisgada e eis que hoje, dia 4 de Abril o primeiro-ministro diz que o corte dos subsídios é enquanto durar o memorando de entendimento. E na entrevista que deu diz, com ar de inocente, "o memorando dura até 2014 não é?". Que ar cândido.

Não é este governo que queria há cerca de 15 dias queria criminalizar quem mentisse ao Estado em áreas como a Fiscal, entre outras? E o Governo não deve ser criminalizado por mentir aos portugueses?

Se calhar a verdade é até muito simples. Basta olhar para a imagem. Este comportamento é absolutamente inqualificável. O Paraíso é uma questão pessoal e este género de comportamento não está incluído no meu paraíso.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Os preços do vinho e das farinhas


Mais uma bela imagem d'A Paródia onde retrata os problemas havidos com as farinhas que determinaram o aumento enorme e até a falsificação das farinhas. Ao invés o vinho estava a render pouco. E isto num país onde até há poucos anos beber vinho era dar de comer a um milhão de portugueses. Nos nossos dias observe-se o preço do pão. Se há uns anos valentes um pão custava $50 centavos, hoje custa 18 cêntimos ou 36 escudos que o mesmo é dizer que com o dinheiro de um pão de hoje compravam-se, há mais de 25 anos 72 papo-secos.
Repare-se na beleza da própria imagem com a moldura humana à esquerda a servir de suporte à latada que se prolonga até ao moinho. Imagem terrível mas ao mesmo tempo bela no seu desenho. Neste último contexto O Paraíso é uma questão pessoal e é realmente uma imagem de deleite.

domingo, 25 de março de 2012

Que Paródia de Estado



Mais um número saborosíssimo de A Paródia, datado de 24/1/1900. A Finança é aqui representada como um grande cão, com as patas traseirasfrente aos Jerónimos e as patas dianteiras na outra banda, p'ra ali para Espinhaço de Cão. O canídeo olha para uma barrica, rebentada de onde emergem alusões aos selos, tabacos, fósforos, tarifas e impostos. Já naquele tempo o tabaco servia como fonte de financiamento (eu não fumo). Mas as tarifas e os impostos é que geravam o grosso das receitas (os bolos que se dava ao cão). Um comentário, incisivo, de Rafael Bordalo Pinheiro dizia que por mais bolos que lhe deitassem, o raio do cão não morria. Agora, 112 anos volvidos, estamos submergidos por taxas e impostos. Continuamos a dar bolos e o raio do cão não morre e, espanto dos espantos, até engorda.
O líder do PSD disse hoje no congresso do PSD que o facto de ficar registado na Lei de Enquadramento Orçamental, que não se pode ter um deficit superior a 3% faz com que no futuro quem quiser descer impostos tem que pensar onde irá cortar despesas do Estado. Por outras palavras, o que este e outros governos passaram a esbulhar, perdão, a cobrar, não é reversível. Veio para ficar. E o IVA estava a 17% no tempo da Ferreira Leite. mas quando isto estivesse melhor, dizia ela, tornava a descer. Vê-se e ouve-se. E o raio do cão que não morre. O Paraíso é uma questão pessoal e estes desenhos são um paraíso mas não consta dele nenhum cão.

Discursos de Primeiro-Ministro

Estava a ouvir o discurso do líder do PSD no Congresso enquanto saí com o meu pai à procura de mais graffiti para fotografar.
Acabado o discurso, passada a hora do almoço foi o mesmo interpelado pelos jornalistas. Uma das perguntas foi sobre a afirmação de António Seguro sobre ser Passos Coelho o primeiro-ministro mais insensível de sempre. A resposta foi que ele foi eleito para governar o País segundo o programa eleitoral que apresentara e que havia a necessidade de cumprir o acordo com a Troika. Mas não me lembro que no programa eleitoral venha a necessidade de causar miséria, fome e desemprego ou que o cumprir do acordo seja feito à custa das pessoas. Nada fizemos para causar esta crise nem directa nem indirectamente. Mas os políticos sabiam como isto estava. Um diz que dava recados, às vezes directos, outras vezes em reuniões com o então primeiro-ministro. Dado que O Paraíso é uma questão pessoal, este não é o meu paraíso.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Afirmações do Governo - A Terra do Nunca

A sério. Gosto destas afirmações bombásticas de um governo que provém de um partido que é culpado por esta situação de descalabro que se vive em Portugal. Olhei para a TSF e li a afirmação governamental de que não é com greves que se resolve a situação do País. Certo. Correcto. E será que é com estes políticos do PS, PSD e CDS que pululam no pós-25 de Abril que se resolvem os problemas do País?
É que devemos lembrar-mo-nos de que desde o 25 de Abril quem governou Portugal foi o PS, o PSD e o CDS, sozinhos ou coligados. Então quem são os culpados por toda esta situação? É preciso que nós respondamos?
Eu e a maioria dos portugueses não têm chorudas contas bancárias, nem acções, nem casas de férias, nem contas off-shore, nem investimentos. Mas têm que ter dinheiro ou inventá-lo para serem esbulhados por um Estado que se engordou e engordou os seus e que agora quer respirar à nossa conta.
Lembram-se do IVA? Em 2003, Ferreira Leite passou-o de 17 para 19% alegando que era temporário e que quando isto estivesse melhor iria descer. Viu-se.
Veio o governo Sócrates e o Iva subiu de 19 para 21%. Depois, durante seis meses, desceu para os 20%. Logo, logo, voltou a subir para os 21%.
Chegou o governo Passos Coelho e, novidade!!! Subiu o IVA de 21 para 23%. Será que ainda se lembram da ministra PSD que disse que quando estivesse melhor o IVA desceria de 19 para 17%. Todos os impostos que sobem já não descem. Há sempre um motivo qualquer.
É verdade, temos que repor a ordem se esta andar p'ra aí aos saltos. Pancada neles. É assim mesmo.
O Paraíso é uma questão pessoal e isto não se coaduna no meu paraíso. Parece ser mais o inferno. O inferno português.
(imagem - Olivier Rameau na Viagem para a Terra do Nunca com desenho de Dany)

A grande porca



Esta é uma imagem extremamente interessante e actual. Trata-se do número 1 da revista A Paródia que foi dada à estampa em 17 de Janeiro de 1900. Os irmãos Bordalo Pinheiro - Manuel e Rafael - estavam por detrás deste lançamento. O mais espantoso de tudo isto é a actualidade de muitos dos desenhos e caricaturas. Neste caso, uma série de leitões, identificados com as forças políticas da época estão a alimentar-se da grande porca. Daí a expressão ainda hoje válida, de que a política é uma grande porca. A semelhança com a actualidade é incrível. Para além disso, atente-se à suavidade e aplicação das cores nesta primeira página que, de resto, se irá reflectir numa série de outros números desta revista que, nesta série, durou até 1907. Ver a política com estes olhos é fantástico, para mais quando aconteceu há 112 anos. Assim sim, O Paraíso é uma questão pessoal.

sábado, 10 de março de 2012

Morreu Jean Giraud - Morreu Moebius

Nasceu em Nogent-sur-Marne em 8/5/1938 e o seu talento surge apenas com 15 anos de idade quando publica os seus primeiros desenhos.
Autor prolífico, que assinou boa parte de sua obra com o pseudônimo de Gir, Moebius trabalhou em algumas das revistas mais importantes da França, colaborou com desenhos para o cinema e ganhou fama com o género faroeste. Criador de um universo muito pessoal, o desenhador francês colaborou na criação dos personagens dos filmes 'Alien - O 8º Passageiro', de Ridley Scott; 'O Quinto Elemento', de Luc Besson; e 'O Segredo do Abismo', de James Cameron, entre outros. Sua atração pelo 'western' levou-o a criar, em colaboração com Jean-Michel Charlier, a saga 'Blueberry', que assinou com o pseudónimo de Gir e que lhe deu fama internacional. Com o passar dos anos, no final da década de 1960, o cartoonista deixou de lado o realismo da série faroeste para se consagrar com obras mais fantásticas, em um universo próprio muito relacionado à ficção científica criando O Inkal. Foi nesse momento em que adotou o pseudónimo de Moebius e quando começou uma prolífica colaboração com o cinema, que durou vários anos. Entre o realismo e a imaginação, Moebius teve tempo de desenhar a si mesmo, como mostra a série de álbuns que editou sobre sua própria vida sob o título 'Inside Moebius'. Giraud teve fortes vínculos com o México, onde viveu sua mãe e onde passou diversos períodos de sua vida, o que influenciou a sua visão do género 'western'. Nomeado Melhor Artista Gráfico da França nos anos 1990, Moebius tinha a condecoração das Artes e das Letras que recebeu do então presidente François Mitterrand em 1985. Muito admirado em seu país, realizou-se no ano passado em Paris uma grande exposição consagrada a sua obra. (com a devida vénia a www.exame.abril.com.br). O tenente Blueberry está desde há muito no meu imaginário. Obrigado Jean Giraud pois O Paraíso é uma questão pessoal e a tua obra faz parte do meu paraíso.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Esbulho


Como querem que me sinta? Sinto-me esbulhado, vilipendiado por um governo que sendo culpado não tem a culpa toda. O primeiro-ministro disse que a situação está pior do que pensava devido ao anterior governo socialista. Estes, comandados por José Sócrates disseram o mesmo do anterior que era do PSD.
Por mim que existem três culpados e que são o PSD, sozinho ou coligado com o CDS e o PPM, o PS, sozinho ou coligado com o CDS e o CDS, este coligado com o PSD. Foram estes três partidos políticos que estiveram nos últimos 30 anos no poder. E têm agora o desplante de dizerem que a culpa é nossa, dos governados???? A culpa é minha????????? Eu que não tenho casa de campo nem de praia, não tenho herança, tenho uma carrinha de 1997 e que trabalho desde os 23 anos? Se calhar a culpa é minha por ter votado em toda esta gente mas a culpa é minha? E agora sou esbulhado no sentido de contribuir para a recuperação nacional quando se continuam a ver situações indecorosas. O BPN continua a receber injecções de dinheiro, as taxas proliferam quando se observam as facturas da luz, do gás, da água e das comunicações. Os combustíveis representam as excentricidades geográficas, como diz um governante o que quer dizer que nos estão a sacar umas massas valentes, etc, etc. O Paraíso é uma questão pessoal mas este não será nunca o meu paraíso.

A excentricidade geográfica dos Combustíveis

COM A DEVIDA VÉNIA À TSF QUE PUBLICA ESTA NOTÍCIA:

O secretário de Estado da Energia disse que os preços dos combustíveis «são livres», pelo que o aumento exponencial nas estações de serviço está em linha com o que se passa na Europa. Henrique Gomes, que falava à margem da conferência do Diário Económico "O mercado das infra-estruturas", em Lisboa, afirmou que «os preços dos combustíveis são livres e supervisionados pela Autoridade da Concorrência», acrescentando que «a variação de preços acompanha as da Europa».
Num momento em que o litro da gasolina já ultrapassou a barreira dos 1,7 euros e o do gasóleo os 1,5 euros, o responsável governamental adiantou que a«pequena diferença [entre Portugal e o resto da Europa] explica-se pelas questões geográficas e capacidade negocial» das empresas. O governante voltou a frisar que, «retirando a fiscalidade, Portugal tem o mesmo preço de Espanha com alguma diferença explicada pela excentricidade geográfica». O agravamento de preços nos combustíveis é consequência da escalada de aumento do preço do barril de petróleo, que hoje se situa nos 122,53 dólares segundo o índice do Brent do Mar do Norte, o crude de referência para a Europa.
Como COMENTÁRIO meu:
- Mas haverá algum comentário para alguém que se dispõe a comparar o que pagamos mas nunca o que recebemos?
- Mas os nossos governantes não conseguem ficar calados quando muitos de nós vamos a Espanha e verificamos que a gasolina está em média 24 a 30 cêntimos mais barata? E é isso a excentricidade geográfica? Então deve dar prejuízo. E porque será que a GALP está no mercado de combustíveis espanhol, vende ao preço que os outros vendem e parece não pensar em sair?
- Estive em Dezembro em Madrid. Pedi um café (mau e que custava 0,70 €) e um donut e custou-me 1,10 euros. Cá os mesmos produtos custaram-me 1,45 euros (sendo o café a 0,60 €). A diferença é pequena não acham?
- O trajecto Lisboa ao Porto pela A1 custa cerca de 20 euros e tem 300 km. Já viram que a autopista Badajoz a Madrid tem cerca de 410 kms e custa...nada. Se fossem governantes portugueses já a tinham portajado em 30 ou mais euros. Excentricidades geográficas?
- Em redor de Madrid existem 3 grandes estradas (M30, M40 e M50) cujo objectivo é retirar trânsito da cidade. Cruzam-se entre elas e são gratuitas. Cá, a circular Lisboa existia a CREL. Mas gratuita senhores não podia ser e vá de lhe aplicarem portegem sendo das mais caras. Excentricidades geográficas ou dos nossos políticos??
- Alguém disse que 2,5 cêntimos dos combustíveis portugueses eram para pagar as Scut. Já não me lembro mas a ser verdade retire-se esse imposto pois quem circula neste momento já paga e não quer ser portajado 2 vezes. São as nossas excentricidades. O Paraíso é uma questão pessoal mas este não é o meu paraíso.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As figuras e os figurões do costume

O jornalista e comentador Miguel Sousa Tavares quando ontem foi questionado sobre as figuras que foram nomeados para o Concelho de Supervisão da EDP respondeu que é sempre um mesmo conjunto de pessoas que nos últimos 30 anos andou no governo ou em lugares de nomeação governamental, empresas públicas e privadas e de novo governo. Os visados disseram que foram nomeados porque são bons. E o comentador comentou, dizendo aquilo que todos nós pensamos: se são tão bons, tão bons, então o que fizeram nos últimos 30 anos? É por isso que o País está neste estado. E tem razão.

Pergunta-se: quem esteve no poder sozinho ou em coligação? Foi sempre o PS, o PSD e o CDS. Quem são os culpados de toda esta situação?????

O Paraíso é uma questão pessoal mas este não é o meu paraíso.

Figuras históricas a sair do conforto das crónicas e cronicões de Portugal


O desespero é tão grande ao olhar-se para estes restos de País à beira-mar plantado que até as figuras históricas cujos feitos foram retratados nas crónicas e cronicões de Portugal que estão lentamente a abandonar as páginas dos livros e a irem-se embora para paragens mais agradáveis. A zona de conforto é escusa tão fraca que nem merece comentários ou se calhar merece. Um governo a ter um à-vontade deste calibre merece ser falado e comentado até à exaustão. O Paraíso é uma questão pessoal e este não é o meu paraíso.